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Adoção: psicologia é essencial para o processo

Especialista explica a contribuição da avaliação psicológica durante todo o processo

Adoção: psicologia é essencial para o processo

Primeiramente, a adoção envolve algumas necessidades específicas de cada sujeito. Além disso, reflexos de suas histórias psíquicas repercutem na relação com a criança. Já em algumas crianças abrigadas, observamos o desejo de serem adotadas. E, ao mesmo tempo, uma idealização da família de origem com o esforço para conservar uma imagem positiva dos genitores. “Logo, poderão expressar uma resistência diante dos pais adotivos, em uma tentativa de preservar os laços com sua história de origem. Mas também, ao contrário, buscar assumir de forma precipitada uma nova identidade, pelo receio de não serem aceitas”, revela a psicanalista Cinara Cordeiro.

Experiências de adoção

Embora a experiência de cada indivíduo possa variar, para muitos, a jornada será uma longa. Ela traz uma grande quantidade de felicidade e um número igual de desafios. “Você foi adotado(a)? Talvez você procure algumas respostas para perguntas específicas. Busque a ajuda de um psicólogo. Pode ser muito interessante nesse momento”, frisa.

Adoção: psicologia é essencial para o processo
Adoção: psicologia é essencial para o processo – Imagem: Pexels

Aliás, adoção é vista como uma solução positiva para uma situação negativa que deve levar à felicidade e gratidão. Porque aqueles que não têm experiência de adoção, podem acreditar que crianças e adolescentes devem sentir alívio e, finalmente, apreço quando forem adotados. Porém, a realidade da situação pode ser diferente. Indivíduos adotados quando crianças podem enfrentar emoções difíceis e conflitantes. “Algumas crianças colocadas para adoção passam meses ou anos aguardando por uma família. Podem ser transferidos de instituições. Além de todos os problemas que enfrentam. Sem o apoio real de uma unidade familiar pode ser traumático para uma criança de qualquer idade”, alerta Cinara.

Entra em cena a psicoterapia

Um especialista em processos de adoção pode contribuir em muitos aspectos. “Porque é preciso entender e explorar a maneira como essas pessoas estão se sentindo. Além de desenvolver novas estratégias de enfrentamento, encontrar e ajudar com maneiras de gerenciar o estresse… Ajudam a entender os efeitos ao longo da vida quando uma pessoa passa pela adoção são alguns dos benefícios”, cita.

Suponha-se, um adulto adotado quando criança e que agora está passando por depressão pode se beneficiar da psicanálise. “Afinal, é uma terapia que se concentra nos pensamentos profundamente enraizados do inconsciente de um indivíduo durante a infância”, conta a psicanalista.

Detalhes

Então, existem vários contextos para se analisar por todos os envolvidos. “Aliás, o processo de adoção é longo e detalhado. Passando por vários profissionais altamente competentes. Assim, eles farão as devidas avaliações se uma família está, de fato, apta a fazer uma adoção”, finaliza.

Fonte: Cinara Cordeiro, escritora, psicanalista e terapeuta familiar, especialista em adoção. – Letra Comunicação

Capa: Pexels

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Juliana Umbe̊lino

Escritora e social media, atua com revisão e produção de conteúdo para web. Editora de SEO para WordPress há mais de 9 anos. CEO na @vemprapalante. É autora publicada pela editora Qualis. Ministra palestras sobre web, mídias sociais e influenciadores. Além disso é apaixonada por livros, filmes, séries, quadrinhos, teatro e música (principalmente folk e rock'n'roll). É uma nerd raiz, por assim dizer.

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