Franquias criam modelos mais econômicos para atrair novos investidores
Para driblar a crise econômica e crescer, redes tradicionais desenvolvem modelos de negócios mais enxutos
Para continuar crescendo diante do cenário atual brasileiro, algumas redes de franquias resolveram inovar e, de olho em novos mercados e empreendedores com menos recursos, investiram em uma estratégia que tem repercutido muito bem: o lançamento de modelos mais enxutos.
Segundo dados da ABF -Associação Brasileira de Franchising-, o número de microfranquias cresceu 8% no último ano, reflexo, principalmente, das franquias que passaram a investir em novos negócios e se tornaram ‘mistas’, ou seja, redes de grande porte que incluíram outras opções ao negócio da rede, mais acessíveis e viáveis ao bolso do empreendedor.
É o caso das franquias da Boali, que quer universalizar o acesso a alimentação saudável. A rede acrescentou dois modelos de negócios com valores mais enxutos -entre R$ 60 mil e R$ 150 mil, com operação delivery e quiosque, respectivamente.
Para Rodrigo Barros, CEO da Boali, “a rede quer diversificar seus canais de vendas atraindo novos parceiros dispostos a universalizar o acesso à boa alimentação por um preço módico e, assim, chegar a 80 unidades até o final de 2020”.
Outra rede tradicional do segmento é a Casa de Bolos, pioneira no segmento de bolos caseiros. Com o objetivo de crescer ‘dentro de casa’ -através dos próprios franqueados-, a rede criou o modelo chamado Quiosque do Bolo Caseiro no Pote.
Com investimento de R$ 99 mil e com foco exclusivo em centros comerciais. “Temos o intuito de tornar nossas lojas uma extensão da casa do consumidor e com o desejo de nossos bolos estarem presentes na vida das famílias brasileiras como uma ferramenta para unir pessoas.
Quando tudo isso é abraçado pelo franqueado, temos então mais um embaixador da marca, que propaga o conceito e cresce com ela”, explica Rafael Ramos, diretor de marketing do Grupo Casa de Bolos.
Já no segmento de educação, quem inovou foi a Park Idiomas. Criada em 1996 e no franchising desde 2000, a rede nasceu em Uberlândia já com a proposta de ser diferente em essência, tornando o aprendizado mais natural e eficaz.
Assim com o intuito de trazer o aluno para situações do dia a dia, lançaram recentemente o primeiro quiosque de escolas de idiomas do Brasil. O modelo custa a partir de R$ 75 mil, tem 22m² e cinco salas de aula, capaz de atender até 150 alunos, com uma média de dois por turma.
E se crise assusta, também pode se tornar sinônimo de oportunidade. Neste caso, algumas redes optaram por lançar modelos móveis ao invés de unidades físicas, como fez o Brechó Agora é Meu quando criou a BrechóBag.
A inovação dispensa investimentos com infraestrutura, mobiliário e aluguel e é a oportunidade para quem quer empreender gastando pouco.
A franquia custa R$ 5,9 mil e o franqueado recebe uma mala personalizada com capacidade para 100 peças.“É a evolução do modelo de venda porta a porta, antes só feita através de catálogos.
O objetivo do novo formato da rede de franquias é democratizar o acesso às peças conceituais, chegando ao máximo de pessoas”, explica Siomara Leite, diretora da rede
Foto da capa: ABF -Associação Brasileira de Franchising
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