Coronavírus e o perigo da automedicação
O uso da cloroquina ainda está em fase de testes e estudos
Coronavírus e o perigo da automedicação. Ainda não há medicamentos ou vacinas para conter o avanço do coronavírus. Um exemplo uso da cloroquina que ainda está em fase de testes e estudos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro medicações de medicamentos que estão sendo testados em 74 países.
A saber, ainda segundo a OMS, nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar o Covid-19.“E diante desse quadro de incertezas, muitas pessoas podem se automedicar”.
Portanto, o alerta é do o membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médico do Departamento de cardiologia da Rede Mater Dei e do Hospital Belo Horizonte, dr. Augusto Vilela.
Assim, pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou que quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês.
Coronavírus e o perigo da automedicação
Além disso, o estudo revelou também que a automedicação é um ato comum para 77% dos brasileiros.
Dr. Augusto Vilela explica que aí está o problema. “Não se sabe os efeitos das medicações contra o Covid-19, já que estamos diante de um vírus novo.
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Assim, isso pode causar mais danos à saúde”, afirma. Para o médico cardiologista o ideal é seguir as recomendações da OMS, seguir o isolamento social, e evitar a infecção pelo vírus.
“Não sabemos se haverá remédio para o coronavírus. O certo é evitar a contaminação”, enfatiza.
Atualmente se fala de duas medicações para se tratar COVID 19 (cloroquina e azitromicina) que são usadas em casos restritos, individualizados, e em pacientes internados.
Coronavírus e o perigo da automedicação
Dr. Augusto Vilela explica que o medicamento não deve ser usado fora do ambiente hospitalar: “não é seguro”.
Cloroquina / hidroxicloroquina
Outrossim, é importante destacar que essas medicações não previnem contra a infecção pelo coronavírus e seu uso está restrito a tratamento de pacientes internados com a doença, individualizados caso a caso.
Nesse sentido, as pessoas que tomarem esse remédio sem indicação ou supervisão médica precisam ficar atentas, pois tem o risco de cegueira, de lesão na retina, de problemas hepáticos, de anemia e, mais importante ainda, podem apresentar arritmias potencialmente graves e até fatais.
Azitromicina
Assim, pode selecionar bactérias mais resistentes a antibióticos quando usado inadvertidamente, causar dores abdominais, diarreia, náuseas, vômitos, disfunção auditiva incluindo risco de surdez, convulsão e arritmias cardíacas graves.
Fotos: Divulgação / Arquivo Pessoal
Fonte: Sabrina Beckler
Assessoria de Imprensa