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Brasileiro aposta em empresa de segurança infantil nos EUA

Diego Carvalho da Silva está estruturando a SafeSteps Protection, que deve iniciar operações na região central da Flórida.

Brasileiro aposta em empresa de segurança infantil nos EUA

A segurança de crianças nos Estados Unidos tem sido um tema central em debates nacionais, especialmente após tragédias de alto impacto como o massacre na escola de Parkland, na Flórida, em 2018. Na ocasião, um atirador matou 17 pessoas e feriu outras 17 em uma escola de ensino médio, expondo falhas graves nos protocolos de segurança e gerando uma reação em cadeia de reformas locais e discussões federais.

Desde então, estados como a Flórida implementaram programas como o “Guardian Program”, que treina funcionários escolares para atuar em situações de risco extremo. Apesar dessas medidas, especialistas alertam para uma lacuna estrutural: a segurança infantil ainda depende muito de iniciativas fragmentadas e pouco coordenadas entre escolas, famílias e comunidades.

“Mesmo com avanços, muitas escolas ainda operam sem planos integrados de prevenção. E a segurança não pode se limitar a câmeras ou trancas nas portas”, afirma Diego Carvalho da Silva, brasileiro que planeja abrir uma empresa voltada justamente para preencher essa lacuna nos Estados Unidos. “É preciso criar uma cultura de proteção que envolva crianças, famílias, educadores e toda a comunidade.”

Diego está estruturando a SafeSteps Protection, uma empresa de serviços preventivos de segurança infantil que deve iniciar operações na região central da Flórida. A proposta é oferecer auditorias de segurança em escolas, treinamento para motoristas de transporte escolar, oficinas lúdicas para crianças aprenderem comportamentos seguros e programas de conscientização para famílias.

Brasileiro aposta em empresa de segurança infantil nos EUA
Brasileiro aposta em empresa de segurança infantil nos EUA – Fotos Freepik – Divulgação

O diferencial, segundo ele, está em tratar a segurança como um processo contínuo, baseado em dados e no engajamento comunitário. “Não adianta só reagir a uma tragédia. A prevenção precisa estar presente no dia a dia das crianças, nos trajetos para a escola, nas atividades extracurriculares, em casa”, explica.

Essa abordagem ganha força num contexto preocupante. Segundo o National Crime Information Center (NCIC) do FBI, em 2023 foram registradas 563.389 entradas de pessoas desaparecidas nos Estados Unidos, das quais cerca de 375.000 envolviam menores de 18 anos, aproximadamente 66% do total. Os números não representam casos únicos (já que uma mesma criança pode ser reportada mais de uma vez), mas destacam a dimensão do problema.

O National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC) também indica números alarmantes em estados onde Diego planeja expandir o SafeSteps. Em 2023, o Texas registrou mais de 3.000 casos de crianças desaparecidas e emitiu 49 alertas AMBER. Na Califórnia, foram cerca de 1.200 casos de sequestro infantil, além de o estado liderar os EUA em tráfico humano envolvendo menores. Na Carolina do Norte, entre 2022 e 2023, mais de 116.000 investigações foram abertas por abuso ou negligência infantil, com quase 5.000 casos de desaparecimento de crianças.

Para Diego, esses dados são um chamado à ação. “Essas estatísticas refletem muito mais do que números frios. Elas falam de famílias destruídas, comunidades vulneráveis e crianças que perderam a infância”, diz. “Minha experiência em policiamento preventivo e planejamento estratégico de segurança mostrou que, quando há colaboração e treinamento adequado, é possível reduzir drasticamente esses riscos.”

De fato, ele não chega despreparado para o desafio. Sua trajetória profissional inclui operações em áreas de alto risco e um histórico de liderança em segurança comunitária. Ele destaca a importância de unir conhecimento técnico, visão estratégica e sensibilidade social. “Segurança infantil não é só técnica ou equipamento; é também confiança, educação e responsabilidade coletiva”, resume.

O projeto SafeSteps está desenhado para começar como piloto na Flórida, especificamente em cidades da região central como Winter Garden, Ocoee, Windermere e Clermont. Essa fase inicial servirá para ajustar o modelo de serviços e medir impacto real em um ambiente de alta demanda. “A Flórida tem desafios enormes, mas também um histórico de buscar soluções. É um bom lugar para testar e aprimorar o conceito antes de levar para outros estados”, afirma Diego.

A ideia é que, nos próximos cinco anos, o SafeSteps se expanda para regiões com índices críticos de vulnerabilidade infantil, como Texas, Califórnia, Geórgia, Carolina do Norte e Illinois. O plano estratégico prevê adaptações locais, parcerias comunitárias e capacitação de mão de obra regional para garantir serviços personalizados.

Além dos dados preocupantes sobre desaparecimentos, o SafeSteps também quer atacar causas menos visíveis, como as fugas voluntárias de casa, muitas vezes motivadas por violência doméstica ou abuso. Segundo o próprio NCMEC, uma proporção significativa de crianças desaparecidas são fugitivas, o que indica a necessidade de políticas preventivas e educativas que fortaleçam laços familiares e redes de proteção comunitária.

Nesse sentido, o modelo do SafeSteps inclui atividades educativas com crianças usando dinâmicas lúdicas, como o programa “Safety Day”, que simula cenários de risco de forma leve, ajudando os pequenos a internalizar comportamentos seguros. Também prevê treinamento de motoristas escolares em rotas seguras e protocolos de emergência, além de auditorias em escolas para identificar falhas nos planos de segurança.

Para Diego, o objetivo final vai muito além de abrir um negócio, é transformar o modo como a sociedade lida com a proteção infantil. “Quero que a segurança deixe de ser algo pontual, que só lembramos quando acontece uma tragédia, e passe a ser parte orgânica da rotina familiar e escolar”, conclui.

Sobre o profissional:

Diego Carvalho da Silva é bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade União das Américas (Brasil), com sólida formação acadêmica em gestão. Possui também formação técnica em Mecânica Automotiva, concluída no SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Brasil), que lhe proporcionou conhecimento aprofundado sobre operação e manutenção de veículos.

Atuou por sete anos como Policial Militar no estado de Santa Catarina, tendo concluído o Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar e o Curso de Aperfeiçoamento de Cabos, acumulando experiência em operações de segurança pública, disciplina operacional e liderança de equipes.

Fotos: Freepik / Divulgação

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