Thaís Duran é a nova voz do samba em São Paulo
A nova voz do samba de São Paulo é Thaís Duran, de Araçatuba
A nova voz do samba de São Paulo é Thaís Duran, de Araçatuba, nova voz do samba, Thais Duran revela compositores paulistanos em disco. O álbum “Cala-te Boca” será lançado nesta sexta (25/8/2017), no Bar Brahma Adoniran Barbosa, Osvaldinho da Cuíca, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Martinho da Vila, Jamelão, Clementina de Jesus, Cartola, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Dorival Caymmi, Assis Valente, Riachão, Batatinha.Estes e diversos outros nomes contribuíram para dar força e forma ao samba como a sonoridade mais popular do Brasil.
A cantora paulista Thais Duran bebeu nestas e em outras fontes e faz de um dos principais elementos da identidade sonora brasileira o foco de seu primeiro disco. “Cala-te Boca!” será lançado nesta sexta-feira (25), no Bar Brahma, em São Paulo, às 21h. A abertura do show será feita pelo Samba do Congo.
O disco traz oito sambas; seis deles são inéditos e revelam novos compositores do cenário paulistano. A ideia do evento de sexta-feira, porém, não é somente realizar um tributo ao samba paulista. Além das músicas do CD, a cantora interpretará sambas de compositores já consagrados e o repertório será dividido em blocos, que homenagearão o samba da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O repertório vai do samba de raiz, passa pelo samba-rock, pela gafieira, até o samba-enredo. Sobem ao palco com Thaís: Fabinho Mandika (violão 7 cordas), Ricardo Raiz (cavaquinho), Rodrigo dos Reis (flauta e sax), Thiago Galta (percussão geral), Vinícius Guichabeira (pandeiro) e Walter Poly (surdo). Haverá ainda a participação de um casal de dançarinos de gafieira e uma dupla de passistas.
O disco:
O álbum foi gravado no estúdio Cakewalking, na capital paulista, e contou com a produção de Beto Bertrami (que vem de uma família tradicional de músicos e já tocou com nomes como Dominguinhos, Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Jair Rodrigues e Toninho Ferragutti) e Ton Sall (multi-instrumentista e coordenador da Ciclos Produtora).
As composições abordam temas diversos, inclusive o próprio samba. A faixa “Tempero Brasileiro” (de Eduardo Santhana e Cássio Pantaleoni), abre o disco de forma contagiante, falando sobre o sabor e o sentimento da cultura brasileira: “Pimenta do reino a gosto, pra tirar o desgosto do meu coração/ Alfazema perfumada pra botar um cheiro nessa emoção (…)”.
A segunda música, “Identidade Brasileira” (de Fernando Ripol e Wagner Loitero), prossegue com o tema Brasil, mas em metalinguagem: fala da trajetória do samba, de suas raízes até os dias atuais, mas também o aborda como fonte de esperança para quem sonha com um futuro melhor. Para gravá-la, Thaís convidou o cantor e percussionista Gutão (parceiro musical da cantora em Araçatuba), com quem divide os vocais.
“Camisa Amarela”, clássico de Ary Barroso composto no final da década de 1930, é a próxima música. A história de um amor driblando os obstáculos dos festejos de Carnaval, ganha na voz de Thaís uma versão que flerta com a bossa-nova, com piano e cavaco dividindo espaço na harmonia.
Raízes e paixões
“Raízes do Samba” (de Rafael Festraits), quarta faixa, aborda a ideologia afro-brasileira e retoma o tema do desenvolvimento do gênero musical. “Venceu o preconceito e a dor/ O grito do negro ecoou/ Já era hora de buscar o seu lugar/ Saiu da senzala e veio pra sala de estar/ Trouxe um surdo bem marcado, acelerando o seu coração (…)”, diz o compositor.
Acompanhada apenas do violão 7 cordas, Thaís canta a quinta música do disco:
“Último Desejo”, uma das composições de sucesso de Noel Rosa, de 1937. Outra história de amor, mas que, diferente do enredo de “Camisa Amarela”, termina em separação.
A sexta faixa é “Samba Jorge” (de Edivaldo Gonçalves e Eduardo Santhana), que traz alguns elementos do samba de terreiro e pede proteção. “Seguindo com fé eu vou, São Jorge é meu protetor/ Seguindo com fé eu vou, o samba é meu protetor/ Ogum Maré, Beira-Mar (…)”, canta Thaís.
“Saideira” (Glauco Ribeiro e Ednaldo Camargo), a penúltima canção do álbum, prepara para o final, dizendo adeus de forma leve, retomando o clima da primeira música do trabalho.
“Fiz um samba pra dizer adeus / Muito franco pra não demorar/ Pago a saideira e sigo em paz/Meu destino eu vou dar pra Deus”, conclui. Por fim, o samba-enredo “Boca Fechada” (mais uma de Eduardo Santhana, dessa vez em parceria com Juca Novaes) traz a expressão que dá nome ao disco: “Cala-te Boca!”. O álbum termina com uma força de quem finalmente consegue dar seu recado. Atentem os ouvidos, que o samba de Thaís Duran veio pra ficar.
Ficha técnica do disco “Cala-te Boca!”
Disco “Cala-te Boca!”, de Thaís Duran
Músicos: Beto Bertrami (piano), Ton Sall (baixo), Osvaldo Martins (bateria), Wesley
Vasconcelos (cavaco e violão 7 cordas) e Walter Poli (percussão)
Participação: Gutão (vocal em “Identidade Brasileira”)
Arranjos: Beto Bertrami
Produção: Beto Bertrami e Ton Sal
Serviço:
Show de lançamento do disco “Cala-te Boca”, de Thais Duran
Dia: 25 de agosto de 2017
Horário: 21h
Local: Bar Brahma (Av. São João, 677, São Paulo-SP)
Ingressos: R$ 30,00
Informações: +55 11 2039-1250
Contato para entrevistas: +55 18) 98119-6170 (Talita Rustichelli – Assessoria de Imprensa).
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