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Segurança do paciente e gestão em enfermagem

Gestão em enfermagem deve ser proativa na identificação de riscos e na implementação de protocolos que garantam a segurança do paciente.

Segurança do paciente e gestão em enfermagem

A segurança do paciente é uma prioridade crescente no sistema de saúde brasileiro, especialmente no contexto hospitalar. De acordo com o manual Segurança do Paciente – Guia para a Prática, do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), de 2022, em 2013, estimou-se que danos no cuidado de saúde eram a 14ª causa de mortalidade e morbidade no mundo. Destes, dois terços dos eventos adversos ocorriam em países em desenvolvimento. O documento também alerta que é possível que até 83% de todos os eventos adversos poderiam ter sido prevenidos nesses países caso medidas de segurança tivessem sido adequadamente tomadas.

(https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/05/Seguranca-do-Paciente-WEB.pdf)

A enfermagem desempenha um papel central nesse cenário, sendo responsável por grande parte da assistência direta ao paciente. No entanto, estudos apontam fragilidades na cultura de segurança entre os profissionais de saúde. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria, em 2021, e publicada pela Revista Latino-Americana de Enfermagem, revelou que a média geral de respostas positivas para a cultura de segurança foi de apenas 34,9%, indicando uma percepção frágil sobre práticas seguras. (https://revistas.usp.br/rlae/article/view/187948/173562)

Segurança do paciente e gestão em enfermagem
Segurança do paciente e gestão em enfermagem – Foto Freepik – Divulgação
Monitorização e prevenção

A enfermeira e pesquisadora Flávia Carvalho Pena Dias, mestre em Ciências da Saúde e doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), destaca a importância da gestão eficaz na promoção da segurança do paciente. Por outro lado, “A gestão em enfermagem deve ser proativa na identificação de riscos e na implementação de protocolos que garantam a segurança do paciente. Ou seja, isso inclui desde a capacitação contínua da equipe até a adoção de tecnologias que auxiliem na monitorização e prevenção de eventos adversos”, afirma Flávia. ​

Por exemplo, a atuação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) também é fundamental nesse contexto. Uma pesquisa realizada em 24 hospitais brasileiros identificou que enfermeiros, especialmente aqueles com formação em terapia intensiva e em qualidade e segurança do paciente, são os profissionais que predominantemente atuam nesses núcleos. Portanto, esses profissionais são responsáveis por conduzir ações relacionadas à investigação de eventos adversos e implementação de melhorias nos processos assistenciais. ​ O estudo foi publicado pelo Scientific Electronic Library Online (SciELO Brasil), em 2021. (https://www.scielo.br/j/ape/a/WcLB5zFFXG7HdRB5Mstp6wd/)

Necessidade de investimentos

Além disso, a implementação de tecnologias voltadas para a segurança do paciente tem se mostrado eficaz. Soluções como sistemas de prescrição eletrônica e monitoramento automatizado de sinais vitais contribuem para a redução de erros e para a melhoria da qualidade do cuidado. No entanto, a adoção dessas tecnologias ainda enfrenta desafios, como a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação profissional.

Flávia ressalta que a promoção de uma cultura de segurança sólida requer o envolvimento de toda a equipe de saúde. De fato, “É essencial que todos os profissionais se sintam responsáveis pela segurança do paciente e que haja um ambiente que favoreça a comunicação aberta e a aprendizagem contínua. A liderança em enfermagem tem um papel crucial na construção desse ambiente”, conclui. ​

Sobre a profissional:

Flávia Carvalho Pena Dias é enfermeira, mestre em Ciências da Saúde e atualmente doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com foco na Gestão de Serviços, Informações/Comunicação e Trabalho em Saúde na área de concentração: Cuidado e Inovação Tecnológica em Saúde e enfermagem.

Graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), possui residência em Enfermagem em Ortopedia e Traumatologia, além de especializações em Enfermagem do Trabalho (Unyleya) e MBA em Gestão de Pessoas (UNISAL). Então, com forte atuação acadêmica, lecionou disciplinas e coordenou comitês de ética em instituições de ensino superior, além de desenvolver pesquisas em áreas de Prática Avançada de Enfermagem e liderança coaching.

Com trajetória sólida na prática clínica e na gestão hospitalar, atuou em instituições como o Hospital Santa Catarina e AMA PARI administrado pela SPDM, assumindo funções de assistência e coordenação de equipes. No exterior, tem experiência como voluntária no Duke Hospital, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde validou seu diploma junto à CGFNS International e está em processo de obtenção da licença profissional americana. Também é certificada em Professional and Self Coaching (PSC) pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) e pelo International Coaching Council, com foco em desenvolvimento humano e liderança, e assim, é integrante de grupos de pesquisa e eventos científicos voltados à segurança do paciente e gestão em enfermagem.

Fotos: Freepik / Divulgação

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