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Engenheiro de dados leva inovação em automação financeira para os EUA

Carlos André Cardoso dos Santos tem mais de 25 anos de experiência no setor de tecnologia.

Engenheiro de dados leva inovação em automação financeira para os EUA

Depois de mais de uma década trabalhando com engenharia de dados e inovação no setor financeiro no Brasil, o especialista Carlos André Cardoso dos Santos decidiu dar um novo passo: abrir sua própria empresa de tecnologia nos Estados Unidos. A fintech Splitary será focada na automação da gestão de recebíveis, emissão de faturas em conformidade com as normas regulatórias americanas e distribuição inteligente de pagamentos — um mercado em franca expansão nos EUA.

“Acredito que a automação financeira está apenas começando a mostrar seu potencial nos Estados Unidos, especialmente entre pequenas e médias empresas. Ainda há muito espaço para soluções mais inteligentes, acessíveis e integradas”, afirma Carlos, que acumula passagens por grandes projetos de inovação em bancos digitais e startups no Brasil.

O plano do especialista é replicar, com as devidas adaptações ao ambiente regulatório norte-americano, os modelos de automação que ajudou a desenvolver ao longo de sua carreira. A Splitary terá sede na Flórida e está sendo construída com base em três pilares: eficiência operacional, conformidade legal e inteligência na tomada de decisões financeiras.

Engenheiro de dados leva inovação em automação financeira para os EUA
Engenheiro de dados leva inovação em automação financeira para os EUA – Foto Freepik – Divulgação
Oportunidade no mercado americano

Segundo dados do Relatório de Pagamentos da FedNow (2023), quase 40% das empresas de pequeno porte nos EUA ainda operam seus recebíveis de forma manual ou com ferramentas pouco integradas. Esse cenário representa, na visão de Carlos, uma oportunidade clara para oferecer soluções tecnológicas mais avançadas, especialmente com o avanço da digitalização pós-pandemia.

“O uso de sistemas automatizados pode reduzir significativamente o tempo gasto com tarefas financeiras repetitivas, além de garantir mais segurança e precisão nas transações. No Brasil, vimos empresas cortarem até 70% dos custos operacionais com automação de recebíveis. E não há razão para que o mesmo não ocorra aqui”, explica o engenheiro.

A ideia de internacionalizar o negócio surgiu ainda em 2023, quando Carlos percebeu que o movimento do open finance e das APIs bancárias nos EUA estava ganhando tração — abrindo espaço para soluções mais sofisticadas de integração entre sistemas financeiros e plataformas de gestão empresarial (ERP).

Conformidade e inteligência nos pagamentos

Um dos principais diferenciais da empresa de Carlos será o foco em conformidade regulatória automatizada, algo que ele aponta como uma dor comum entre empresários norte-americanos que precisam lidar com diferentes regras estaduais e exigências fiscais complexas. “Não basta emitir uma fatura ou cobrar um cliente. É preciso garantir que tudo esteja dentro das normas locais e federais. Um sistema inteligente consegue fazer isso sem que o empresário precise perder horas estudando legislação”, afirma.

Além disso, a fintech oferecerá o que Carlos chama de distribuição inteligente de pagamentos — uma funcionalidade que usa algoritmos para otimizar o uso do dinheiro recebido, priorizando pagamentos urgentes, transferências internas e liquidação estratégica de obrigações financeiras. “Imagine uma empresa que consegue, automaticamente, destinar parte do valor recebido para o pagamento de fornecedores prioritários, outra parte para reinvestimento e o restante para o caixa operacional, tudo de forma transparente. É nisso que estamos trabalhando”, conta.

De carreira sólida à jornada empreendedora

Com formação em engenharia de computação e mais de 15 anos de experiência no setor de tecnologia, Carlos sempre atuou nos bastidores de grandes operações financeiras. Mas, segundo ele, a vontade de empreender e ajudar empresas a tomarem decisões financeiras melhores falou mais alto. “Chegou um momento em que eu queria mais do que apenas melhorar os sistemas dos outros. Queria criar algo meu, com meu DNA, e impactar diretamente a vida dos empresários, ajudando-os a ganhar tempo, dinheiro e tranquilidade”, diz.

Carlos não revela ainda o nome dos primeiros clientes em negociação, mas garante que o interesse tem sido grande, especialmente entre empresas lideradas por imigrantes brasileiros nos Estados Unidos — público que ele conhece bem e para quem pretende oferecer um serviço também em português, como diferencial. “Empreendedores brasileiros que vivem aqui enfrentam muitos desafios para manter a saúde financeira do negócio em dia. Se puder ajudá-los com tecnologia e soluções simples, já me dou por satisfeito”, conclui.

A previsão é que a fintech entre em operação nos próximos meses, com uma versão beta restrita para empresas da Flórida e, posteriormente, uma expansão nacional. Para quem acompanha a transformação digital no setor financeiro, vale ficar de olho nesse novo player que promete acelerar a revolução da automação financeira também em solo americano.

Sobre o profissional:

Carlos André Cardoso dos Santos é bacharel em Ciência da Computação pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e possui uma sólida trajetória de mais de 25 anos no setor de tecnologia. Ao longo de sua carreira, atuou no desenvolvimento de sistemas e na gestão de dados para empresas nacionais de diversos segmentos, incluindo rastreamento via satélite, saúde, governo e, com maior ênfase, o setor financeiro.

Especialista em gestão de Tecnologia da Informação (TI), Carlos André também se destaca pela sua atuação em engenharia de dados no setor bancário e financeiro, onde trabalhou com grandes volumes de dados e plataformas em nuvem. Além disso, possui experiência relevante como cientista de dados, com projetos voltados à área da saúde e à administração pública municipal.

Com ampla vivência em gestão de TI, consolidou conhecimentos em boas práticas, governança, segurança da informação e compliance, contribuindo para resultados sustentáveis e alinhados aos objetivos estratégicos das organizações.

Fotos: Freepik / Divulgação

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Redação Ego Notícias

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