Crescimento da medicina estética impulsiona demanda por profissionais qualificados
Mercado em expansão exige formação sólida e especializada para garantir segurança nos procedimentos; biomédicos ganham espaço na área.

Crescimento da medicina estética impulsiona demanda por profissionais qualificados
Os cuidados com a estética, que antes eram vistos como vaidade ou restritos a determinados públicos, se tornaram parte da rotina de milhares de brasileiros. A busca por procedimentos não cirúrgicos, minimamente invasivos e com resultados cada vez mais naturais, colocou a Medicina Estética como uma das áreas que mais crescem no país.
Dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) apontam que o Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza procedimentos estéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Só em 2023, foram mais de 1,5 milhão de procedimentos não cirúrgicos realizados em território nacional, um crescimento de aproximadamente 25% em comparação com o levantamento anterior.
O aumento na demanda reflete também uma transformação na maneira como a estética é encarada. Mais do que corrigir imperfeições, os procedimentos são vistos como aliados da saúde, da autoestima e do bem-estar. Mas, diante desse crescimento acelerado, surge um alerta: nem todo profissional está habilitado para atuar na área.
“Existe um movimento muito forte de valorização do autocuidado, mas é fundamental que as pessoas saibam que procedimentos estéticos, embora sejam minimamente invasivos, exigem conhecimento técnico, responsabilidade e qualificação. Não é simplesmente uma questão estética, é uma questão de saúde”, alerta Amanda Ferreira Becker, biomédica esteta com nove anos de experiência, que já atuou em clínicas na China e no Brasil.

De laboratório às clínicas estéticas
Formada em Biomedicina pela Universidade Feevale, com especialização em Patologia Clínica e em Biomedicina Estética pela Faculdade Unyleya, além de formação complementar pela Universidade de Medicina de Harvard, Amanda explica que o caminho dos biomédicos até a estética é resultado de uma transformação recente na profissão.
“O biomédico sempre foi muito associado aos laboratórios, aos exames e diagnósticos. Mas, há alguns anos, a Biomedicina Estética ganhou força no Brasil, oferecendo a nós, biomédicos, a possibilidade de atuar diretamente na promoção da saúde, autoestima e bem-estar dos pacientes”, comenta.
Ela reforça que, para isso, não basta fazer um curso rápido ou apenas ter afinidade com o tema. “A estética exige estudo aprofundado de anatomia, farmacologia, fisiologia, além de muita prática e atualização constante. Afinal, estamos lidando com vidas e com saúde, e isso exige responsabilidade e compromisso”, pontua Amanda.
Setor bilionário e em expansão
O setor de estética e beleza no Brasil movimenta mais de R$ 47 bilhões por ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Mesmo em momentos de crise econômica, o mercado segue em ascensão, impulsionado pela busca de bem-estar físico e emocional.
“O perfil do paciente também mudou muito. Hoje, homens e mulheres de diferentes idades procuram procedimentos não apenas por estética, mas porque entenderam que se sentir bem impacta diretamente na qualidade de vida, nas relações pessoais e até no desempenho profissional”, destaca a biomédica.
Mas, se, por um lado, o crescimento do mercado representa mais oportunidades para profissionais capacitados, por outro, acende um alerta sobre a proliferação de cursos livres sem respaldo técnico, bem como a atuação de pessoas sem formação adequada. “Infelizmente, vemos casos recorrentes de pessoas realizando procedimentos em locais inadequados, sem os devidos cuidados com biossegurança e sem conhecimento técnico. Isso pode trazer riscos sérios, como infecções, necroses e sequelas permanentes. Por isso, o paciente precisa pesquisar, buscar referências e escolher profissionais que sejam, de fato, habilitados”, alerta Amanda.
Ela ainda destaca que a Biomedicina Estética é uma área regulamentada e que exige formação específica. “Não é porque o procedimento é feito no consultório, sem cirurgia, que ele é simples. Pelo contrário. Exige muita técnica, estudo e responsabilidade. A estética é, antes de tudo, saúde”, enfatiza.
Ciência, estética e bem-estar caminham juntos
Para Amanda, que construiu sua trajetória tanto no Brasil quanto no exterior, a Medicina Estética é uma ponte entre o avanço científico e o bem-estar humano. “Quando aplicamos a ciência de forma ética, com responsabilidade e amor pelo que fazemos, entregamos muito mais do que resultados estéticos. Entregamos autoestima, felicidade e, muitas vezes, ajudamos as pessoas a retomarem sua confiança e qualidade de vida”, conclui.
Sobre a profissional:
Amanda Ferreira Becker é graduada em Biomedicina pela Universidade Feevale, possui especialização em Patologia Clínica e formação complementar em Biomedicina Estética pela Faculdade Unyleya. Além disso, aprimorou seus conhecimentos por meio de cursos na área de Medicina Estética pela Universidade de Medicina de Harvard.
Com uma trajetória profissional de nove anos, construiu uma carreira sólida com atuação nas áreas de Patologia Clínica e, principalmente, Medicina Estética. Sua experiência internacional inclui atuação como Biomédica Esteta em clínicas na China e no Brasil, o que proporcionou uma visão ampla, técnica e multicultural dos procedimentos estéticos. É especialista em Medicina Estética, unindo conhecimento científico, precisão e excelência no atendimento.
Fotos: Freepik / Divulgação
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