Biomedicina e Medicina Estética

Biomedicina e Medicina Estética

Nos últimos anos, a busca por procedimentos estéticos cresceu de forma exponencial no Brasil e no mundo, impulsionada por fatores que vão desde o avanço da tecnologia e da medicina até as mudanças no comportamento social, na valorização da autoestima e do bem-estar. Dentro desse cenário, a biomedicina estética se consolidou como uma das áreas que mais crescem, oferecendo aos pacientes procedimentos seguros, minimamente invasivos e com resultados cada vez mais eficazes.

O Brasil ocupa hoje o segundo lugar no ranking mundial de procedimentos estéticos, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). O relatório mais recente da entidade, divulgado em 2023, aponta que foram realizados mais de 1,5 milhão de procedimentos estéticos não cirúrgicos no país em um único ano, crescimento de cerca de 25% em relação ao levantamento anterior.

Este cenário reflete uma mudança no padrão de consumo e um avanço significativo na qualificação dos profissionais que atuam na área. A Biomedicina, tradicionalmente conhecida por sua atuação em análises clínicas e diagnósticos, encontrou na Medicina Estética um campo de expansão, proporcionando aos biomédicos a oportunidade de oferecer tratamentos que aliam ciência, saúde e estética.

A atuação do biomédico esteta vai além da estética

O biomédico esteta é o profissional habilitado para realizar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando técnicas minimamente invasivas e baseadas em rigorosos critérios científicos. A formação exige, obrigatoriamente, graduação em Biomedicina, especialização em Biomedicina Estética e constante atualização profissional.

Mais do que promover transformações estéticas, esse profissional trabalha na promoção da saúde, na prevenção do envelhecimento precoce e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A atuação vai desde procedimentos como aplicação de toxina botulínica, bioestimuladores de colágeno e harmonização facial, até tratamentos para flacidez, gordura localizada e queda capilar.

Neste sentido, o crescimento da procura por procedimentos estéticos trouxe consigo um desafio igualmente grande: o combate à atuação de profissionais não habilitados e à banalização de tratamentos que, apesar de parecerem simples, envolvem riscos quando realizados sem o devido conhecimento técnico.

Para atuar na Medicina Estética, o biomédico precisa ter uma formação sólida, que inclui conhecimentos teóricos e habilidades práticas e domínio da anatomia, fisiologia e farmacologia, além de estar constantemente atualizado com as novas tecnologias e protocolos da área.

Um mercado em expansão

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) apontam que o setor de estética e beleza movimenta mais de R$ 47 bilhões ao ano no Brasil, sendo um dos poucos que cresce acima da média, mesmo em períodos de instabilidade econômica.

Além disso, segundo o Censo da Biomedicina realizado pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), a Biomedicina Estética é atualmente uma das especialidades que mais atraem novos profissionais, especialmente jovens em busca de oportunidades de crescimento, autonomia financeira e realização pessoal.

Esse crescimento não é fruto do acaso. Ele reflete uma mudança cultural na qual os cuidados estéticos são vistos cada vez mais como extensão do autocuidado e do bem-estar. Procedimentos que antes eram considerados tabu ou restritos a pequenos grupos hoje fazem parte da rotina de milhares de pessoas que buscam saúde, autoestima e qualidade de vida.

Embora o avanço do setor de estética seja inegável, é fundamental que tanto os profissionais quanto os pacientes estejam atentos à importância da qualificação. A busca por preços baixos e soluções rápidas pode colocar em risco não apenas o resultado, mas, principalmente, a saúde dos pacientes.

Por isso, é necessário valorizar profissionais formados, especializados e que atuem dentro dos limites éticos e legais da profissão. É esse compromisso com a ética, a ciência e a segurança que diferencia os profissionais capacitados no mercado de Medicina Estética.

Conclusão

A Biomedicina Estética representa, hoje, uma das principais forças de transformação no cuidado com a saúde, o bem-estar e a autoestima das pessoas. Seu crescimento não é apenas um reflexo da vaidade, como alguns podem pensar, mas da compreensão cada vez maior de que cuidar da aparência é também cuidar da saúde mental, emocional e física.

Profissionais qualificados são peças-chave nesse processo. Eles garantem que cada procedimento seja realizado com segurança, precisão e responsabilidade, assegurando que os resultados estejam alinhados tanto com as expectativas quanto com os princípios da ciência.

Diante desse cenário, a Biomedicina Estética se firma, de forma positiva, como uma das áreas mais promissoras da saúde no século XXI, um mercado que une ciência, tecnologia, ética e bem-estar.

Conheça a autora:

Amanda Ferreira Becker é graduada em Biomedicina pela Universidade Feevale, possui especialização em Patologia Clínica e formação complementar em Biomedicina Estética pela Faculdade Unyleya. Além disso, aprimorou seus conhecimentos por meio de cursos na área de Medicina Estética pela Universidade de Medicina de Harvard.

Com uma trajetória profissional de nove anos, construiu uma carreira sólida com atuação nas áreas de Patologia Clínica e, principalmente, Medicina Estética. Sua experiência internacional inclui atuação como Biomédica Esteta em clínicas na China e no Brasil, o que proporcionou uma visão ampla, técnica e multicultural dos procedimentos estéticos. É especialista em Medicina Estética, unindo conhecimento científico, precisão e excelência no atendimento.

Fotos: Freepik / Divulgação

Por: Amanda Ferreira Becker

Tudo isso e muito mais! Redação egonoticias

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