Dra. Luísa Freire Barcelos na psiquiatria: Quando a escuta cura
A doutora explica como o vínculo com o paciente pode ser tão importante quanto o tratamento medicamentoso

Dra. Luísa Freire Barcelos na psiquiatria: Quando a escuta cura
Em meio ao crescente debate sobre saúde mental no Brasil, uma nova geração de profissionais vem se destacando por unir conhecimento técnico e sensibilidade humana. É o caso da Dra. Luísa Freire Barcelos, 28 anos, que está no segundo ano da residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria e Neurociências PAX, em Goiânia (GO). Com um olhar atento e uma escuta acolhedora, ela representa um perfil cada vez mais necessário: o de médicos que compreendem que tratar a mente é tão complexo quanto urgente.

Cuidar sempre foi natural mas escolher a psiquiatria exigiu coragem
A afinidade com o cuidado humano sempre esteve presente na vida de Dra. Luísa. Desde o início da graduação em Medicina, sentia-se atraída pela psiquiatria, mas o medo de se envolver emocionalmente com os pacientes a fez considerar outras especialidades. “Achei que não conseguiria lidar com tanto sofrimento. Tive receio de levar para casa cada história”, lembra.
Ainda assim, durante o processo seletivo da residência médica, uma certeza emergiu com força: era a psiquiatria que a havia escolhido. “Ali eu entendi que a escuta, o acolhimento e o vínculo eram, para mim, mais importantes do que qualquer outro critério técnico. E era ali que eu queria estar.”
Saúde mental em foco: mais visibilidade, menos estigmas
O cenário da saúde mental no Brasil tem mudado. Se antes falar sobre ansiedade, depressão ou transtornos era tabu, hoje há maior abertura e busca por ajuda. “Vejo cada vez mais pessoas procurando o consultório não por desespero, mas por autocuidado, por prevenção. Isso é transformador”, afirma a médica.
Para ela, o avanço na quebra de estigmas é um reflexo direto do esforço conjunto de profissionais, campanhas públicas e, principalmente, da mudança na forma como a sociedade enxerga o sofrimento psíquico. “Estamos aprendendo que dor emocional também merece cuidado, diagnóstico e tratamento.”

O verdadeiro tratamento está na construção de vínculo
Com quase dois anos de residência, Dra. Luísa compreende, na prática, que o tratamento psiquiátrico vai muito além da prescrição medicamentosa. “É no vínculo que nasce a confiança. E é a confiança que abre o caminho para a adesão ao tratamento”, explica. Para ela, o sucesso terapêutico passa por escuta ativa, empatia, continuidade e tempo de qualidade com o paciente.
Essa abordagem mais humana, inclusive, tem transformado não só a vida dos pacientes, mas também a sua própria. “Aprendi a ouvir de verdade. E isso mudou minha forma de enxergar o mundo e a mim mesma.”
Desafios reais, mas uma escolha inegociável
Apesar do entusiasmo, Dra. Luísa reconhece que a jornada não é simples. “Lidar com a não adesão, com recaídas, com a falta de resposta clínica… é desafiador. Mas é também o que nos impulsiona a buscar mais, estudar mais, ser mais presentes.”
Mesmo com as dificuldades, ela não tem dúvidas sobre sua escolha. “É uma missão que exige, mas que também devolve. Cada paciente que melhora, cada família que respira aliviada… são lembranças do porquê estamos aqui.”

A nova psiquiatria é feita de ciência, presença e humanidade
O perfil de profissionais como Dra. Luísa Freire Barcelos simboliza uma mudança silenciosa, porém profunda, no campo da saúde mental: a união entre ciência e empatia. Em tempos em que a escuta é rara e o sofrimento, comum, ter alguém disposto a ouvir com atenção pode, de fato, salvar vidas.
Para Dra. Luísa, o futuro na psiquiatria é promissor e desafiador. E ela está pronta para enfrentá-lo, um paciente por vez, uma história de cada vez.
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Siga Dra. Luísa no Instagram: @luisafreirebarcelos.psiq
Jornalista: Ranai Lima
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