No Dia Internacional dos Museus, arqueólogo André Strauss ministra palestra
Um dos debates acadêmicos mais acalorados da atualidade científica, o povoamento do continente americano é tema do encontro. Veja outros encontros programados para maio.

No Dia Internacional dos Museus, o arqueólogo André Strauss ministra palestra na Casa Museu Ema Klabin
No dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, das 11h às 13h, o arqueólogo do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, André Menezes Strauss, ministra a palestra presencial O povoamento do continente americano: resistências e debates, na Casa Museu Ema Klabin. De certo, o tema é um dos debates acadêmicos mais acalorados do mundo científico desde o final do século XIX.
Assim, nesta palestra, se discute a história das pesquisas sobre a antiguidade deste povoamento. No Brasil, a temática ganhou grande projeção entre o público geral a partir dos trabalhos arqueológicos realizados na Serra da Capivara, no Estado do Piauí, apresentando à comunidade científica as provas da presença humana no continente antes do Último Máxima Glacial. Em oposição, portanto, aos modelos predominantes, que acreditam que os primeiros humanos teriam chegado na América há cerca de 16 mil anos.
Ainda assim, essa proposição foi recebida com profundo ceticismo pela comunidade acadêmica e, até os dias de hoje, continua sendo aceita apenas por um grupo pequeno de pesquisadores. Portanto, este ceticismo foi inúmeras vezes considerado cientificamente infundado, representando uma expressão política do neocolonialismo/imperialismo científico. Neste encontro, serão abordados estes debates, tratando da relação entre ciência, bem como do poder.
Encontro online: colonização nas identidades andinas
Ainda no campo da arqueologia, a Casa Museu Ema Klabin tem na sua programação de maio a palestra online. A paisagem como identidade andina. A saber, Milena Acha, doutora pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (USP) conduz o encontro. O evento acontece no dia 22 de maio, das 19h às 21h, pela plataforma Zoom. Assim, esta palestra incidirá sobre questões relativas às identidades indígenas, bem como com a sua relação com a paisagem ao longo de séculos.
A mala da renomada Maison Goyard
Outro encontro da programação de maio da Casa Museu Ema Klabin é a palestra Uma mala e seus marcadores de diferença, com Rosemeri Conceição, professora, pesquisadora e doutoranda de História e Crítica da Arte (PPGAV-UFRJ).
A partir de uma mala de sapatos da fabricante francesa Maison Goyard, que faz parte da Coleção Ema Klabin, será proposta, portanto, uma reflexão sobre como os sapatos, esse artefato da cultura material, revela as clivagens sociais e raciais existentes numa época.
De certo, a palestra será realizada no dia 25 de maio, das 11h às 13h30. Trará uma abordagem que descortina um conjunto de possibilidades interpretativas, que se estende desde as atuais apropriações no universo da moda até as referências aos sapatos como símbolo de liberdade no contexto escravista afro diaspórico.
As palestras A paisagem como identidade andina e Uma mala e seus marcadores de diferença são contempladas pelo Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais, PROMAC, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com patrocínio da Marsh McLennan.
Serviço:
Palestra presencial: O povoamento do continente americano: resistências e debates André Menezes Strauss
sábado, 18 de maio de 2024, às 11h
100 vagas por ordem de inscrição.
Palestra online: A paisagem como identidade andina
Milena Acha
quarta, 22 de maio de 2024, das 19h às 21h
plataforma Zoom
35 vagas por ordem de inscrição.
Palestra presencial: Uma mala e seus marcadores de diferença
Rosemeri Conceição
sábado, 25 de maio de 2024, das 11h às 13h.
30 vagas por ordem de inscrição.
Gratuito.
Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo.
Foto: Reconstrução de como seria o provável rosto de Luzia, o mais antigo fóssil das Américas e considerada a primeira brasileira, que viveu há 13 mil anos – Renderização 3D gerada por André Strauss
Cristina Aguilera/Assessora de Imprensa.
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Sobre a Casa Museu Ema Klabin
A saber, a residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados. A Coleção Ema Klabin inclui pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, obras do modernismo brasileiro, como de Tarsila do Amaral e Candido Portinari, além de artes decorativas, peças arqueológicas e livros raros, reunindo variadas culturas em um arco temporal de 35 séculos.
A Casa Museu Ema Klabin é uma fundação cultural sem fins lucrativos, de utilidade pública, criada para salvaguardar, estudar e divulgar a coleção, a residência e a memória de Ema Klabin, visando à promoção de atividades de caráter cultural, educacional e social, inspiradas pela sua atuação em vida, de forma a construir, em conjunto com o público mais amplo possível, um ambiente de fruição, diálogo e reflexão.
Então, a programação cultural da casa museu decorre da coleção e da personalidade da empresária Ema Klabin, que teve uma significativa atuação nas manifestações e instituições culturais da cidade de São Paulo, especialmente nas áreas de música e arte. Além de receber a visitação do público, a Casa Museu Ema Klabin realiza exposições temporárias, séries de arte contemporânea, cursos, palestras e oficinas, bem como apresentações de música, dança e teatro.
Enfim, o jardim da casa museu foi projetado por Roberto Burle Marx e a decoração foi criada por Terri Della Stufa.
Portanto, não dá para perder a programação que tem entrada franca. A saber, toda a programação da Casa Museu Ema Klabin é gratuita ou com contribuição voluntária.
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