Vacinação contra a raiva – Campanha alerta sobre sua importância
Conscientização da raiva acontece no mês de agosto em todo o país e incentiva a imunização de cães e gatos
Já que a raiva é incurável ela pode ser transmitida dos animais para o homem. Contudo, devido a sua gravidade e ao risco de contaminação, todos os anos em agosto acontece no Brasil uma ampla campanha nacional de incentivo à vacinação, única forma de prevenção.
É Lei – Obrigatória no país, a vacina deve ser aplicada uma vez por ano em cães e gatos.
Cão.Com – Conforme explicou o médico-veterinário Luciano Granemann e Silva, sócio-proprietário da Clínica e Hospital Veterinário 24h Cão.Com, em Florianópolis (SC), embora ela esteja controlada, não foi erradicada, por isso a necessidade de continuação de ações como essa.
Assim, a vacina pode ser aplicada em cães e gatos a partir de 12 semanas de vida. Além disso são poucas as contraindicações. Sobretudo apenas animais prenhes, com severa debilidade física ou que apresentam forte reação alérgica a ela.
Raiva – Primeiramente deve saber que a raiva é contraída através da saliva de um animal infectado, e do mesmo modo através da mordedura, arranhadura e lambedura em ferimentos ou mucosas. Entretanto os principais transmissores em áreas urbanas são cães, gatos e morcegos. “A doença afeta o sistema nervoso central. E entre os sintomas mais frequentes estão mudanças de comportamento, agressividade, hipersalivação e paralisias”, explica Luciano.
Todavia, o último registro de raiva em Santa Catarina aconteceu em Jaborá, em 2016, porém com a variante do vírus de morcegos, em ciclo silvestre. Entretanto o Estado detém atualmente o status de “raiva controlada no ciclo urbano”.
Onde vacinar?
Atualmente em algumas cidades o poder público disponibiliza a vacina antirrábica gratuitamente. Assim, ela também pode ser encontrada em clínicas veterinárias e agropecuárias. Além disso, Luciano alerta para os cuidados na hora de escolher o estabelecimento. A recomendação é que seja sempre aplicada por um médico-veterinário.
Atenção – É importante também se informar sobre a forma como as vacinas são armazenadas. “São organismos vivos muito sensíveis a variações”, afirma.
A Cão.Com, de Florianópolis (SC), realiza anualmente ações buscando alertar seus clientes sobre a sua importância, entre elas um sistema de avisos que lembra os tutores quando está próximo da data da próxima dose. “Em 2017, tivemos um aumento de 20% na procura, comparado ao ano anterior. Para esse ano, esperamos manter esse crescimento”, afirma o veterinário.
O que fazer em caso de mordida ou suspeita de raiva?
Caso o tutor desconfie que seu pet esteja com sintomas de raiva, recomenda-se o confinamento e a comunicação imediata à autoridade pública. “Se ele for mordido por animal de rua ou outro cão com suspeita de raiva, deve ser levado a uma clínica veterinária para tratar as feridas e, caso não seja imunizado, realizar exames”, aconselha Luciano.
Notifique – É importante também notificar imediatamente o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) caso animais domésticos entrem em contato com morcegos ou seja observado algum comportamento incomum desses animais, como pouso em locais iluminados, voos diurnos e entrada em residências.
Serviço:
O quê: Campanha nacional de vacinação contra a raiva
Quando: Durante todo o mês de agosto
Onde: Em todo o país. Vacinas para cães e gatos (dose anual, a partir de 12 semanas de vida) disponíveis em clínicas veterinárias, como a Cao.Com e agropecuárias. Algumas prefeituras a oferecem gratuitamente. Informe-se na sua cidade.
Quanto: De R$ 25 a R$ 100
Fonte para entrevistas: * Médico-veterinário Luciano Granemann e Silva