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Especialista fala sobre os benefícios do RPG no ensino

Jogos vem sendo usados em bibliotecas e salas de aula com objetivo de estimular a atenção de estudantes e melhorar a capacidade de assimilar conteúdo

Especialista fala sobre os benefícios do RPG no ensino

Um novo recurso didático vem ganhando espaço cada vez maior na educação.

O Role Playing Game, ou simplesmente RPG, já está fazendo parte do dia a dia de muitas bibliotecas no Brasil.

Em um contexto de jogo, os alunos aprendem o conteúdo das disciplinas abordadas em sala de aula de maneira criativa.

O potencial do RPG no ensino vem atraindo pesquisadores e, hoje, muitas universidades mantém grupos de estudos sobre o assunto.

Estudioso sobre o tema, o engenheiro e mestre em energia pela Universidade de São Paulo, Vitor Emanoel Siqueira Santos, acredita que o RPG pode desenvolver uma série de habilidades como a criatividade, socialização, capacidade de argumentação, entre outras.

“Jogar RPG é um exercício de imaginação e comunicação. É apenas através da descrição das situações, ambientes e personagens que o aluno sabe a narrativa da história.O trabalho em grupo também é valorizado, pois só pela cooperação entre os participantes é que se atinge êxito em certas tarefas”, explica.

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Para o especialista, o RPG também pode estimular algumas crianças e jovens a lerem mais.

“Os interessados em aprimorar as histórias de seus personagens, ou narrar adequadamente em um determinado cenário, podem se utilizar do arsenal de conhecimento disponível na biblioteca.  O que considero universal na prática do RPG é a valorização da leitura e compreensão dos cenários”, avalia.

Para a aplicação do RPG em uma biblioteca, por exemplo, a organização do jogo é simples e não precisa de adaptações.

“Basta que haja uma mesa com cadeiras ou espaço para os jogadores sentarem no próprio chão. É uma atividade que envolve conversa quase que ininterrupta, então sugere-se um período ou espaço em que isso não atrapalhe outros usuários. Fora isso, bastam alguns dados e um livro de referência”, defende Vitor.

 O jogo pode ser praticado com crianças ou jovens de várias idades.

O que muda é que as ambientações, cenários e narrativas sejam adequados para cada faixa etária.

Sobre Vitor Emanoel Siqueira Santos: 

Vitor Emanoel Siqueira Santos
Vitor Emanoel Siqueira Santos

Engenheiro e mestre em energia, ambos pela Universidade de São Paulo.

Atualmente é doutorando no Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Além de podcaster, consultor em educação e professor no Projeto Potência, iniciativa voluntária de universitários.

Apaixonado por jogos e ficção desde a infância.

E jogador de RPG desde a adolescência.

Procura introduzir elementos de fantasia em atividades didáticas como estímulo à leitura e escrita.

 

 

 

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Cristina Aguilera

Cristina Aguilera é jornalista com pós graduação em Mídias na Educação pela Universidade de São Paulo (USP) . Foi repórter de tv, rádio, revista, assinou colunas de Turismo e Moda. É co autora do livro “ A educação contada pela imprensa” junto com Cesar Callegari. Adora moda, turismo, educação, literatura, designer e cultura.

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