Caroline Gusson Damico e a arte de projetar emoções
Psicoarquitetura: projetando espaços que refletem a essência humana

Caroline Gusson Damico e a arte de projetar emoções
A arquitetura sempre foi mais do que a construção de espaços. Ela reflete identidades, emoções e memórias, influenciando diretamente o bem-estar daqueles que habitam cada ambiente. Diante de um mundo dinâmico e, muitas vezes, caótico, surge a necessidade de projetos que transcendam a estética e se conectem com a essência humana. Nesse cenário, a Psicoarquitetura se destaca ao combinar arquitetura, psicologia e psicanálise para criar ambientes que acolhem e refletem a identidade de seus moradores.
É exatamente nessa perspectiva que Caroline Gusson Damico se encaixa. Arquiteta e urbanista formada pelo Mackenzie, ela encontrou na Psicoarquitetura a chave para transformar lares e vidas. Sua trajetória é marcada por uma busca constante por pertencimento e significado, o que se reflete na forma sensível e aprofundada com que projeta cada espaço.

Uma jornada entre casas e histórias
Desde a infância, Caroline viveu a experiência de não ter um espaço fixo. Entre a casa do pai, da mãe, da avó e da madrinha, experimentou a transitoriedade dos lares, o que despertou nela um olhar atento para o impacto do ambiente na vida das pessoas. Assim, aos poucos, começou a perceber que seu amor pela arquitetura nascia dessa necessidade de criar refúgios e estabelecer vínculos com os espaços.
Quando chegou a adolescência, Caroline já sabia qual caminho queria seguir. Logo após ingressar na faculdade de Arquitetura e Urbanismo, iniciou estágios em diversos escritórios e construtoras. No entanto, ao longo do percurso, percebeu que sua vocação ia muito além do convencional. Mais do que projetar edifícios, ela queria criar lares que contassem histórias e refletissem a essência de cada indivíduo.
Com esse desejo em mente, começou a oferecer consultorias ainda antes da formatura e fundou seu próprio escritório, o Caroline Gusson Arquitetura & Interiores. Após a graduação, Caroline se dedicou ao seu desenvolvimento profissional, realizando cursos de gestão e processos de escritórios de arquitetura. Foi nesse período que ela conheceu a arquiteta Giovanna Gogosz, uma grande referência na área de Psicoarquitetura. Caroline teve a oportunidade de estagiar no escritório de Giovanna, o que fortaleceu ainda mais seu interesse pela área. Mais tarde, quando Giovanna lançou sua especialização em Psicoarquitetura, uma ciência criada por ela, Caroline não hesitou em se aprofundar nesse conhecimento. A Psicoarquitetura, agora uma das metodologias centrais no trabalho de Caroline, une arquitetura, psicologia e psicanálise, permitindo criar ambientes que promovem bem-estar e refletem a essência dos clientes.

Psicoarquitetura: projetando a essência humana
A Psicoarquitetura vai além da funcionalidade e da estética. Em vez de simplesmente desenhar espaços bonitos, ela busca compreender as emoções, os traumas e as aspirações de cada cliente, traduzindo tudo isso em ambientes que promovam equilíbrio e bem-estar.
No escritório de Caroline, a Psicoarquitetura tem como ponto de partida o Psicobriefing, um processo baseado na escuta ativa e na fala livre. No entanto, esse é apenas o início. A partir desse primeiro mergulho na essência do cliente, o estudo dos arquétipos, as referências emocionais e a compreensão das necessidades profundas continuam guiando todas as etapas do projeto.
Durante a criação dos espaços, cada escolha – desde a disposição dos móveis até a seleção de materiais, texturas e cores – segue os princípios da Psicoarquitetura. Dessa forma, o conceito não se restringe ao momento inicial, mas acompanha todo o desenvolvimento do projeto, garantindo que o resultado final seja uma extensão autêntica da identidade do cliente.

Conexão entre o ser humano e a natureza
Além disso, seu trabalho se fundamenta nos arquétipos da psicologia junguiana, permitindo uma leitura mais sensível e intuitiva do perfil de cada indivíduo. Com isso, a escolha das cores, texturas, materiais e disposição dos móveis não se baseia apenas em critérios visuais, mas também em seu impacto emocional e simbólico. Outro pilar essencial dos projetos de Caroline é a Biofilia, conceito que resgata a conexão entre o ser humano e a natureza. Para incorporar esse princípio, elementos naturais como madeira, pedras, plantas e cores terrosas são integrados aos projetos. Além disso, o uso de formas orgânicas e elementos curvos reforça essa sensação de fluidez e acolhimento, criando espaços que promovem conforto e equilíbrio. Consequentemente, os ambientes tornam-se mais harmoniosos, reduzindo o estresse e favorecendo o bem-estar.

Arquitetura que acolhe e transforma
No escritório de Caroline Gusson Damico, cada projeto vai além das plantas e das imagens 3D. Mais do que um espaço bonito, a proposta é criar um refúgio que conte a história de quem o habita. Assim, cada ambiente é pensado para proporcionar acolhimento, conexão e bem-estar.
Enfim, seu trabalho mostra que a arquitetura, quando feita com propósito e sensibilidade, pode ser uma ferramenta poderosa de transformação. Afinal, mais do que paredes e móveis, um lar deve refletir a alma de quem vive nele.
Conheça mais sobre seu trabalho
Siga Caroline no Instagram: @arquitetacaroline.g
Fotos: Sidney Doll
Jornalista: Ranai Lima
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