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Violeiro Ricardo Vignini apresenta live

No encontro o artista destaca o álbum Viola de Lata

Violeiro Ricardo Vignini apresenta live

Dia 13 de junho, sábado, às 17h, o violeiro Ricardo Vignini apresenta live do seu 3º álbum solo.

Totalmente dedicado às violas dinâmicas resonadoras, com 10 faixas autorais, mais uma versão para Rio de Lágrimas (Tião Carreiro, Lourival dos Santos e Piraci) e, com arranjo adaptado da tradicional  melodia da cultura popular, a música “Galope na beira do mar”, letra da Socorro Lira, com influências de música caipira, nordestina, folk, rock e também blues.

Álbum Viola de Lata:

Entre as 11 faixas de Viola de Lata, destacam-se uma versão de “Rio de Lágrimas”, composição de Tião Carreiro, Lourival dos Santos e também Piraci, e duas faixas que contam com o som do marimbau de lata, ou berimbau de lata: “Um Arame Só” e “Galope na Beira do Mar”, ambas com participação de Socorro Lira, a segunda também com Gavião Tocador, tio da cantora, hoje falecido. O álbum será lançado em formato digital e físico pelo selo Folguedo, da Tratore.

Ricardo Vignini conta que este é um disco totalmente solitário, sendo usadas apenas violas dinâmicas, A não ser pelas duas faixas cantadas por Socorro. A ressonadora de metal é tocada na música que fecha o CD.

Ricardo Vignini. Foto: Marcelo Macaue
Ricardo Vignini. Foto: Marcelo Macaue

Violas dinâmicas:

Essas violas dinâmicas e ressonadoras surgiram nos Estados Unidos em 1928. Por sua alta potência, que é derivada desses cones que são como microfones naturais instalados no interior das violas. Os negros as tocavam inclusive nas ruas pois precisavam ter volume alto para que pudessem ser ouvidas. Foram posteriormente, portanto, usadas em grandes formações orquestrais. O compositor  e músico Garoto usou, inclusive,  uma dessas violas para acompanhar Carmem Miranda. Hoje são tocadas por repentistas nordestinos. Nos Estados Unidos tornaram-se um símbolo do blues. Com a chegada dos amplificadores eletrônicos, elas perderam, portanto,  sua razão de ser. Mas o timbre resultante é totalmente diferente, incomparável, o som com amplificadores modernos parece, portanto, vir de outro instrumento.

De acordo com Vignini “Com o passar do tempo elas voltaram por serem vintage, relíquias de pouca produção industrial. Atualmente esse tipo de ressonância acústica é usada, por exemplo, em violas, bandolins, violões, cavaquinhos e também violões tenores, instrumentos comuns no choro, música nordestina e caipira”.

De fato, “Um Arame Só /Marimbau Tietê” é tocada com uma viola dinâmica da Del Vecchio, com um só cone de ressonância, da década de 50, que passou pelas mãos de muitos artistas.

Do ferro ao pó (álbum Viola de Lata) Ricardo Vignini 2019:

Primeira viola: 

Foi, enfim,  sua primeira viola e ele tem por ela uma relação afetiva. Ainda mais, o subtítulo remete ao marimbau nordestino ou berimbau de lata, que ele conheceu no Terminal Rodoviário Tietê. Ricardo queria muito ir ao Rock’n Rio II em 1991, mas, como não tinha dinheiro para o ingresso, resolveu, portanto,  fazer como bico distribuição de folhetos no Terminal. Enfim, do nada surge, sentado a seu lado, um senhor cantando e tocando esse instrumento. Ricardo ficou muito entusiasmado por esse som, conseguido com um arrastar de garfo e faca pelo arame, o que, inclusive,  o emociona até hoje. Socorro Lira colocou a letra dessa saga aventureira no Terminal Tietê. E a canta no CD.

Por exemplo, “Metal das 12” (Para Ivinho) é tocada com uma viola dinâmica tricone – com três cones amplificadores, e doze cordas, obra do luthier Luciano Queiroz, um grande amigo, um artista arrojado. Ricardo, portanto,  o encorajou a fabricar uma viola assim. Por outro lado, hoje Luciano Queiroz é, inclusive,  o mais importante fabricante deste instrumento tricone.

Homenagem: 

A obra é uma homenagem ao violonista Ivinho, que, além de acompanhar Lenine em um Rock’n Rio,  tocou com Alceu Valença no Festival de Montreux. O sucesso foi tão imediato que Ivinho foi convidado, portanto,  a realizar um show solo nesse Festival. Ricardo define Ivinho como um músico  visceral e também  enérgico, um violonista que busca sempre a perfeição. Ricardo compôs essa música em uma viola de doze cordas, pensando, enfim,  no amigo e dedica essa música a ele.

Além disso, “Galope na Beira do Mar” vem de uma modalidade de repente nordestino que recebe o nome de galope. Por isso, Vignini é um entusiasta desse ritmo, descobriu recentemente que o tio de Socorro Lira, Gavião Tocador, deixara gravadas músicas desse repente, tocadas em um marimbau nordestino, na realidade  um latão de óleo com uma só corda. Ou seja, encantado, Ricardo tocou sua viola ressonadora metal com single cone “biscuit” por cima. Essa viola toda em metal era, portanto,  um sonho antigo de Ricardo. Assim também, Ele conseguiu que o fabricante Alexandre Faitarone produzisse esse instrumento. Bem como, as primeiras produzidas foram a dele e a de Almir Chediak. Enfim, hoje existem poucas delas no Brasil, e Vignini é um dos únicos que a utilizam. Socorro escreveu a letra, e canta mais essa faixa.

SERVIÇO:

Ricardo Vignini – Live do álbum Viola de Lata

Transmissão: Pelo Canal do Ricardo Vignini no YouTube e Facebook 

Duração: 60 minutos

Data: Sábado, 13 de junho, às 17h

Classificação: Livre

Contribuição: R$ 25,00

Quem contribuir também irá receber os links:

1) Álbum Viola de Lata de estúdio

2) Álbum Viola de Lata ao Vivo

3) Áudio da Live em qualidade de CD

4) Link restrito do YouTube da Live não Listada

Formas de Pagamento:

Depósito: Itaú AG 0067 CC 08585-2 –  Ricardo Vignini CPF 166642348-31

Nubank –  AG 0001 5370152-8 vignini@gmail.com

Pagamento em Cartão de Crédito

Foto: Marcelo Macaue Divulgação / Arquivo Pessoal

Fonte:  Graciela Binaghi
Assessoria Imprensa

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Cristina Aguilera

Cristina Aguilera é jornalista com pós graduação em Mídias na Educação pela Universidade de São Paulo (USP) . Foi repórter de tv, rádio, revista, assinou colunas de Turismo e Moda. É co autora do livro “ A educação contada pela imprensa” junto com Cesar Callegari. Adora moda, turismo, educação, literatura, designer e cultura.

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