Qualidade nos exames de imagem depende de profissionais bem preparados
Independentemente do equipamento, quem o opera precisa estar devidamente preparado para extrair dele o melhor resultado possível.
Qualidade nos exames de imagem depende de profissionais bem preparados
Ao longo dos meus mais de 23 anos atuando com diagnóstico por imagem, especialmente com Ressonância Magnética (RM), aprendi uma lição essencial: a tecnologia por si só não faz milagre. Não importa o quão moderno seja o equipamento se quem o opera não estiver devidamente preparado para extrair dele o melhor resultado possível. A qualidade de um exame de imagem está diretamente ligada à qualificação do profissional que o realiza, e isso impacta diretamente a saúde do paciente.
A Ressonância Magnética é um dos exames mais detalhados e sensíveis da medicina diagnóstica. É com ela que muitas vezes conseguimos identificar problemas de saúde que outros métodos não revelam com tanta precisão. Mas para isso, é necessário muito mais do que apertar botões. O técnico responsável precisa entender profundamente os protocolos, saber interpretar sinais clínicos e, acima de tudo, ter responsabilidade com cada paciente que passa por sua máquina.
Infelizmente, o que ainda vemos em muitos lugares é uma formação técnica limitada e, às vezes, desatualizada. Isso gera exames inconclusivos, repetidos ou mal executados — o que aumenta o tempo de espera para o diagnóstico, eleva os custos para o sistema de saúde e, mais grave ainda, atrasa o início do tratamento para quem realmente precisa.
A eficiência dos serviços de imagem depende de uma cadeia de fatores, mas tudo começa com a formação do profissional. Quando um técnico está bem treinado, ele sabe aplicar o protocolo correto para cada tipo de suspeita clínica, reduz o tempo de exame sem comprometer a qualidade da imagem e contribui diretamente para diagnósticos mais rápidos e precisos. Além disso, um profissional capacitado é capaz de atuar com empatia, acolher o paciente, diminuir a ansiedade do exame e criar um ambiente mais humano, algo que faz toda a diferença, principalmente em exames mais demorados ou desconfortáveis.
O mercado necessita de técnicos que, além de saberem operar um equipamento, sejam verdadeiros especialistas, preparados para atuar com precisão, responsabilidade e excelência. Os cursos de qualificação precisam combinar teoria, prática supervisionada, simulações clínicas e protocolos de alta complexidade, como os utilizados em exames neurológicos e cardiovasculares.
Mais do que nunca, o setor de saúde precisa de profissionais preparados para os desafios do presente e do futuro. A demanda por exames está aumentando, os recursos continuam limitados, e a única forma de equilibrar essa conta é com qualidade e eficiência. E isso só se conquista com conhecimento.
Por isso, acredito que, por meio da educação de alto nível e do aprimoramento constante dos profissionais de imagem, é possível transformar o cenário da saúde, garantindo diagnósticos mais ágeis, tratamentos mais eficazes e um cuidado verdadeiramente centrado no paciente.
Conheça o autor:
Leandro Scarfi é bacharel em Ciências Biológicas (Modalidade Médica) pela Universidade de Santo Amaro, com especialização em Ciências da Imagem, além de formação técnica em Patologia Clínica pelo Instituto Sagrado Coração de Jesus. Com uma trajetória de 23 anos dedicados à área de Ressonância Magnética (RM), construiu uma sólida carreira pautada em conhecimento técnico e experiência prática. Ao longo desse período, especializou-se na operação de equipamentos de última geração e na análise minuciosa de imagens, consolidando-se como um profissional altamente qualificado em exames complexos e interpretação diagnóstica avançada.
Fotos: Freepik / Divulgação
Por: Leandro Scarfi
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