PIX novo sistema de pagamento instantâneo por QR Code
Como vai funcionar?
PIX novo sistema de pagamento instantâneo por QR Code.
O que é PIX?
O PIX é um sistema de transferências de dinheiro e pagamentos instantâneos que, quando em funcionamento, permitirá transações 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados.
Mas é preciso levar em conta que essa não é apenas mais uma mera modalidade de serviço: o PIX promete avanços tão importantes que poderá mudar toda a dinâmica do mercado financeiro no Brasil.
Essa mudança é necessária. O ecossistema bancário brasileiro é um dos mais avançados do mundo, mesmo assim, estamos limitados a métodos de transferências e pagamentos que já são um tanto arcaicos
Se já temos tecnologia que permite envio de dinheiro em questão de segundos a partir do celular, por exemplo, não faz sentido uma transação ser concluída depois de horas ou dias.
Basta pegarmos o boleto bancário como exemplo: pague um agora usando o seu smartphone, mas o pagamento só será dado como concluído no prazo de um a três dias úteis. Com o PIX, a mesma transação poderia ser reconhecida na hora, talvez até de modo mais rápido do que o se pagamento tivesse sido feito por cartão de crédito.
Assista o vídeo: Lançamento da marca PIX
Detalhando o PIX
De acordo com o Banco Central, o PIX será formado por seis características principais. São elas:
Disponibilidade: as operações poderão ser realizadas 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados, como você já sabe;
Velocidade: o valor enviado chegará ao recebedor praticamente em tempo real (a operação deve levar cerca de 10 segundos para ser concluída);
Conveniência: a experiência de uso deve ser intuitiva para o usuário;
Segurança: as transações serão baseadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e terão como base tecnologias de proteção atuais;
Ambiente aberto: o PIX estará disponível não só para bancos como também para financeiras, fintechs e afins;
Multiplicidade de casos de uso: o PIX permitirá transferências de qualquer valor entre pessoas e/ou empresas, pagamentos em estabelecimentos físicos ou virtuais e recolhimentos ao governo federal (impostos).
Para ser tão abrangente quanto promete, um sistema como esse precisa efetivamente se tornar padrão. É por isso que o Banco Central determinou que todas as instituições financeiras com mais 500 mil contas ativas terão que oferecer o PIX — se esse número for menor, a participação será opcional (mas eu acho que nenhuma empresa do setor ficará de fora).
Nessa contagem entram contas correntes, poupanças e contas de pagamentos, como as que são oferecidas pelo Nubank (NuConta). Não é por acaso: o Banco Central já deixou claro que, com o PIX, quer estimular a competitividade no segmento — a briga “bancos versus fintechs” deverá ficar mais acirrada.
As instituições poderão participar de maneira direta ou indireta. O primeiro tipo faz liquidações de transações diretamente no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) — o “motor” do PIX. Já os indiretos precisarão de um participante direto como intermediário para realizar as transações.
Bancos de varejo e múltiplos deverão, obrigatoriamente, ser participantes diretos.
Pagamentos por QR Code
Talvez você já tenha entrado em uma farmácia ou restaurante e visto uma plaquinha para pagamento via QR Code. Essa modalidade está em alta no mundo todo. No Brasil, empresas como Mercado Pago e PicPay já trabalham com ela. É uma tendência que o Banco Central quer abraçar.
O PIX vai suportar QR Code de dois tipos:
QR Code dinâmico: o código é exclusivo para cada transação e, além do valor, pode incluir outras informações, como a identificação do recebedor para coibir desvios de dinheiro;
QR Code estático: aqui, um único código vale para múltiplas transações e pode trabalhar com valor fixo ou especificado pelo pagador. Trata-se de um código que pode ser usado por um lojista ou prestador de serviços, por exemplo.
Detalhes técnicos ainda precisam ser definidos, mas o Banco Central sinaliza que o PIX estreará já com suporte ao QR Code. Não totalmente, porém: pagamentos estarão funcionando, mas a função de transferência que permitirá que o usuário receba um valor lendo o código gerado pelo pagador ficará para uma fase posterior — provavelmente, para 2021.
Também para 2021 deverá ficar o suporte a pagamentos por aproximação (como NFC e MST).
É o fim do DOC, TED ou boleto?
O Banco Central quer que o PIX seja de uso tão fácil quanto fazer pagamentos com dinheiro em espécie. Se isso der certo, modalidades como TED (Transferência Eletrônica Disponível), DOC (Documento de Ordem de Crédito) e o próprio boleto bancário deverão perder muito espaço, mas não cair em desuso. Bom, não de imediato.
É preciso levar em conta que a adoção de um sistema tão abrangente como esse requer tempo. Até que as próprias instituições adequem seus sistemas e os clientes assimilem o PIX, os métodos de pagamento e transferência atuais continuarão em uso.
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Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal
Fonte: Assessoria de Comunicação