Embarcações naufragadas serão protegidas por Unidade de Conservação
Naufrágio Queimado está sendo implementada no estado, ocupando o litoral de João Pessoa e de Cabedelo
Com o objetivo de ampliar o território marinho preservado na Paraíba e garantir a proteção de ecossistemas costeiros e oceânicos, a Área de Proteção Ambiental (APA) Naufrágio Queimado está sendo implementada no estado, ocupando o litoral de João Pessoa e de Cabedelo. A APA – considerada hoje a maior da Paraíba – foi idealizada por professores e alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que identificaram uma carência em propostas de preservação da biodiversidade no estado. Antes da criação da APA, apenas 0,5% da costa paraibana era protegida, o que deixava o ecossistema marinho vulnerável. Com a implantação de Naufrágio Queimado, a área preservada passa a ser de 10,7%.
Financiada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a iniciativa tem como principais objetivos proteger a diversidade biológica marinha; disciplinar o turismo ecológico, científico e cultural; fortalecer e estimular atividades econômicas sustentáveis no local; proteger o patrimônio arqueológico marinho; e assegurar o uso responsável dos recursos naturais.
Além dos recifes, peixes, crustáceos e outros animais – inclusive espécies ameaçadas, como tubarão-lixa, toninha e peixe-boi-marinho –, três embarcações naufragadas na região também serão protegidas pela APA. Conhecidos como Alice, Alvarenga e Queimado, os navios afundados no século passado e visitados por turistas são atualmente habitados por corais e outras espécies marinhas e guardam fragmentos da história. No total, a APA do Naufrágio Queimado cobre uma área de aproximadamente 420 km² (cerca de 42 mil hectares) e ficará sob responsabilidade da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA) do Governo da Paraíba, com articulação de órgãos federais, estaduais e municipais.
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