Saúde e Bem-Estar

Audição: perdi a minha, e agora?

Especialista revela como funciona o tratamento de acordo com cada etapa

Audição: perdi a minha, e agora?

Ser diagnosticado com perda auditiva é assustador e pode trazer várias inseguranças ao paciente. A boa notícia é que existe tratamento capaz de devolver a qualidade de vida ao indivíduo. “Na maioria dos casos, o uso do aparelho auditivo é eficaz e devolve a capacidade de ouvir os sons e se comunicar”, explica a fonoaudióloga Tatiana Guedes.

O tratamento é dividido em 5 etapas. Antes de tudo é preciso ficar atento aos sinais. “Em primeiro lugar, ao sentir que está com dificuldade de audição é importante procurar um especialista o mais rápido possível. Alguns sintomas que ajudam a perceber esses sinais são: pedir constantemente para as pessoas repetirem o que está falando; ouvir a televisão com o volume mais alto que os demais; e ter dificuldade de se comunicar pelo telefone”, alerta.

Ao identificar os sintomas, o indivíduo deve ir ao otorrinolaringologista – a segunda etapa deste processo. “Ele indicará a terapia de acordo com o resultado de exames específicos e avaliação médica. Se a indicação for pelo uso de aparelho auditivo, o paciente deve procurar um centro auditivo especializado, com estrutura completa e profissionais qualificados. Essas características são indispensáveis para oferecer ao paciente o suporte para todas as etapas do tratamento de perda auditiva”, revela a profissional.

O aparelho ideal

Após diagnóstico e tratamentos definidos, o terceiro passo é feito pelo fonoaudiólogo, que determinará a prótese auditiva mais indicada para cada paciente. “Na prática, isso significa que a fonoaudióloga realizará uma anamnese (fazer o paciente se lembrar do que está sentindo) para avaliar e entender as suas necessidades individuais, hábitos de vida, expectativas, assim como o tipo e grau de perda auditiva para selecionar o aparelho que mais se adeque às suas características e particularidades”, afirma.

Aliás, a adaptação ao uso do aparelho, quarta etapa, é o período que requer o maior empenho por parte da fonoaudióloga. Assim, como a paciência e persistência do paciente. Pois, por melhor e mais moderno que seja o aparelho auditivo, ele nunca será igual a um ouvido normal.  “O nosso objetivo é alcançar o melhor ajuste possível, a ponto de que o paciente nem se lembre que está usando aparelho de audição. É preciso construir uma relação de absoluta confiança e troca de informações para que se obtenha a regulagem ideal. A competência da fonoaudióloga faz toda a diferença na assertividade da programação”, sugere.

Adaptação

Passada a fase de adaptação, vem a quinta e última fase, que é o programa de acompanhamento que, como o próprio nome já diz, é um programa desenvolvido para garantir o sucesso e continuidade da adaptação. “Não basta o paciente apenas adquirir o aparelho, ele precisa usar, e mais ainda, sentir a diferença ao estar com o aparelho – ter qualidade de vida. E é para isso que serve esta etapa, para garantir que todos os ajustes necessários estão sendo feitos e as necessidades que porventura ocorram estejam sendo integralmente atendidas”, finaliza Tatiana.

Fonte: Tatiana Guedes Santólia Martini é fonoaudióloga sob o CRFa 6-3289. Sócia e diretora clínica da SONORITÀ Aparelhos Auditivos. Especialista em Audiologia, com vasta experiência em Seleção, Indicação e Adaptação de Aparelhos Auditivos.

Capa: Pexels

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Juliana Umbe̊lino

Escritora e social media, atua com revisão e produção de conteúdo para web. Editora de SEO para WordPress há mais de 9 anos. CEO na @vemprapalante. É autora publicada pela editora Qualis. Ministra palestras sobre web, mídias sociais e influenciadores. Além disso é apaixonada por livros, filmes, séries, quadrinhos, teatro e música (principalmente folk e rock'n'roll). É uma nerd raiz, por assim dizer.

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