Ana Xisdê critica boom das ‘bets’ no Brasil e alerta para crise social
Bets disfarçam crise social, alerta a influencer dos eSports

“Jogar não é apostar”: Ana Xisdê critica boom das ‘bets’ no Brasil e alerta para crise social disfarçada de entretenimento
A influencer e apresentadora Ana Xisdê, referência no universo dos eSports, lançou um importante alerta sobre o avanço descontrolado das apostas online no Brasil, as chamadas “bets”. Em um artigo contundente publicado em sua coluna no portal The Gaming Era, Ana traça um paralelo incisivo entre o cenário dos jogos digitais e o das plataformas de apostas, que ela classifica como “uma armadilha emocional e econômica”.
Games constroem, apostas iludem
Logo no início do texto, a criadora de conteúdo deixa clara sua posição:
“Game é construção. É jornada, é evolução. Aposta é clique, é ilusão.”
A fala resume a essência de sua crítica. Enquanto os games são vistos como ferramentas de aprendizado, criatividade e desenvolvimento pessoal, as apostas surgem, segundo ela, como um atalho perigoso que ilude e compromete financeiramente uma parcela vulnerável da população.
Dados alarmantes e impacto social
Além disso, Ana chama atenção para números alarmantes. Apenas em 2023, os brasileiros movimentaram mais de R$ 68 bilhões em apostas, sendo R$ 500 milhões oriundos de beneficiários do programa Bolsa Família, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e pelo jornal O Globo. Para ela, isso evidencia que o problema ultrapassa o ambiente digital, transformando-se em uma questão urgente de saúde pública e responsabilidade social.
O entretenimento que mascara o desespero
“O Brasil tá caindo numa armadilha disfarçada de entretenimento. Tem gente apostando o que não tem, achando que vai mudar de vida em 5 minutos”, desabafa Ana, ao criticar o marketing sedutor que envolve as plataformas de apostas, muitas vezes associadas a influenciadores e celebridades.
Propostas concretas e caminhos possíveis
Nesse contexto, a apresentadora defende que é preciso ir além da crítica. Ela propõe a regulamentação mais rígida do setor, bem como apoio psicológico para vítimas do vício em apostas, além de políticas públicas voltadas à educação financeira e digital. Segundo ela, a solução passa também pela valorização do ecossistema de jogos desenvolvidos no Brasil, que têm o potencial de formar profissionais, gerar empregos e impulsionar a economia criativa.
Investimento em educação digital é o caminho
“Se a gente investisse metade do que vai pras bets em educação digital e desenvolvimento de games nacionais, o país já estaria muito mais longe”, conclui Ana, propondo um novo olhar sobre o que significa jogar, e o que significa apostar, em uma sociedade conectada, mas ainda frágil diante das ilusões vendidas como diversão.
Jornalista: Ranai Lima
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