What We Do in the Shadows
O Que What We Do in the ShadowsNos Ensina Sobre Narrativa Cômica e Construção de Personagens?

What We Do in the Shadows
Antes de mais nada, o que What We Do in the Shadows nos ensina sobre narrativa cômica, e construção de personagens?
Introdução: Por Que Essa Série É Um Fenômeno de Humor? Ou seja, se você acha que já viu todas as variações possíveis de histórias de vampiros, What We Do in the Shadows prova que ainda há espaço para inovação.
Por outro lado, a serie e baseada no filme de Taika Waititi e Jemaine Clement, a série da FX (lançada em 2019) pegou o conceito de “vampiros dividindo um apartamento” e transformou em uma das comédias mais brilhantes da atualidade. Mas como ela faz isso?
– Subvertendo clichês do gênero vampírico com um olhar cômico
– Utilizando o formato de mockumentary para aproximar o espectador
– Criando personagens tão ridículos quanto cativantes
– Expandindo sua mitologia de forma criativa e imprevisível
Por exemplo, neste artigo, vamos destrinchar a genialidade narrativa da série e entender como suas técnicas podem ser aplicadas para qualquer criação de conteúdo humorístico, seja na TV, no marketing ou no digital.
1. Como a Série Reinventa o Humor Vampírico?
O cinema e a TV sempre trataram vampiros como criaturas elegantes, misteriosas e sedutoras. De Drácula (1931) a Entrevista com o Vampiro (1994), esses seres sobrenaturais eram quase deuses intocáveis.
What We Do in the Shadows destrói essa imagem e os transforma em figuras patéticas, desajustadas e completamente alheias ao mundo moderno.

O que aprendemos aqui?
– Subverter expectativas pode ser um excelente motor de comédia. O humor da série funciona porque pega algo imponente e transforma em algo banal.
– Criar contraste entre o personagem e o ambiente gera situações cômicas. Vampiros vivendo em Staten Island, brigando por tarefas domésticas? Isso cria o absurdo perfeito para a comédia.
Exemplo real: Esse mesmo princípio é usado em The Office e Parks and Recreation, onde personagens egocêntricos são jogados em situações mundanas, criando humor a partir do contraste.
2. O Uso Brilhante do Formato de Mockumentary
What We Do in the Shadows adota o formato de falso documentário, que já vimos em séries como The Office e Modern Family, mas aqui aplicado ao gênero sobrenatural.
Por que isso é genial?
– A quebra da quarta parede aproxima o público. Ainda mais, os personagens falam diretamente para a câmera, permitindo que compartilhem suas frustrações e idiotices sem filtros.
– A edição e a câmera tremida adicionam uma camada extra de humor. Por isso, muitas vezes, a graça está na reação do cinegrafista ou nos silêncios constrangedores.
– Permite que o espectador veja a “realidade” dos personagens. A forma como eles tentam justificar suas falhas só os torna ainda mais hilários.
Exemplo icônico: Em um episódio, Nandor tenta liderar um “encontro de equipe” entre os vampiros. Mas o caos é tão grande que até os cameramen do documentário são atacados no meio da confusão. O formato permite que a situação se torne ainda mais engraçada porque os cinegrafistas reagem como se estivessem em perigo real.
O que aprendemos aqui?
– Criar uma falsa seriedade em um contexto absurdo torna tudo mais engraçado.
– Logo após, você deve, usar o formato documental como ferramenta cômica faz com que o público se sinta “cúmplice” do ridículo dos personagens.
3. O Poder dos Personagens Malucos, Mas Relatáveis
O humor da série não existiria sem personagens bem construídos, que funcionam porque são tão falhos e egoístas quanto qualquer ser humano.
Cada personagem reflete um arquétipo que conhecemos na vida real:
– Nandor, O Implacável – O chefe incompetente que quer ser respeitado, mas é sempre ignorado.
– Laszlo Cravensworth – O aristocrata egocêntrico que fala difícil, mas é um completo idiota.
– Nadja – A única realmente inteligente do grupo, mas cansada de carregar os outros nas costas.
– Guillermo – O funcionário explorado que mantém tudo funcionando, isto é, mesmo ele sendo constantemente menosprezado.
– Colin Robinson – O “vampiro energético”, ou seja, metáfora perfeita para aquele colega insuportável que suga sua energia com conversas chatas no trabalho.
O que aprendemos com isso?
– Personagens carismáticos não precisam ser perfeitos – precisam ser identificáveis.
– O humor funciona melhor quando existe um jogo de poder e status entre os personagens.
Exemplo real: Em The Office, Michael Scott só é engraçado porque se acha um gênio, mas na verdade é um desastre ambulante. O mesmo vale para Nandor e sua “liderança”.
4. Como a Série Expande Sua Mitologia Sem Se Perder?
What We Do in the Shadows poderia ter se limitado a parodiar vampiros, mas ela expande seu universo de forma brilhante, introduzindo outros seres sobrenaturais que adicionam novas camadas de comédia.
– Lobisomens passivos-agressivos que se ofendem quando alguém os chama de “cachorros”.
– Zumbis que trabalham como contadores, reclamando da falta de direitos trabalhistas.
– Feiticeiros vendendo poções duvidosas na internet.
O que aprendemos com isso?
– Um universo bem construído permite infinitas possibilidades de roteiro.
– Expandir a mitologia mantém a série sempre imprevisível e renovada.
Exemplo real: Brooklyn Nine-Nine faz isso ao explorar a dinâmica entre os personagens secundários, mantendo assim a série fresca mesmo após várias temporadas.
Conclusão: O Que Podemos Aprender Com What We Do in the Shadows?
A série prova que a melhor comédia surge quando personagens ridículos são levados a sério dentro de um universo absurdo.
Lições principais:
– Subverter expectativas cria um humor inesperado e inovador.
– O formato mockumentary aproxima o espectador e torna tudo mais realista.
– Personagens carismáticos são construídos a partir de falhas, não de perfeição.
– Expandir um universo narrativo mantém uma série sempre renovada.
Se você ainda não assistiu What We Do in the Shadows, então, corrija esse erro imediatamente. Você nunca mais verá vampiros da mesma forma.
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Foto do Cartaz de lançamento nos cinemas: Duna – Theatrical Release Poster Amazon – Divulgação
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