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TI estratégica envolve cibersegurança, hacking ético e gestão de projetos

TI estratégica envolve cibersegurança, hacking ético e gestão de projetos

A Tecnologia da Informação (TI) tem se tornado um pilar essencial para a competitividade empresarial, sendo fundamental para a tomada de decisões e a execução de estratégias em níveis estratégicos, táticos e operacionais. Em cada uma dessas esferas, a TI assume papéis distintos, abrangendo desde a cibersegurança até o gerenciamento de projetos, passando pela implementação de melhores práticas como PMI, PRINCE2 e AGILE.

Neste artigo, vou explorar como esses elementos se inter-relacionam para impulsionar a eficiência e a segurança organizacional. Começando pelas esferas estratégica, tática e operacional, a tecnologia da informação atua em três níveis fundamentais dentro de uma organização.

No nível estratégico, ela é usada para definir e apoiar os objetivos de longo prazo de uma organização, como a implementação de novas tecnologias para obter vantagem competitiva ou o investimento em sistemas de cibersegurança para proteger a infraestrutura crítica. Por exemplo, no nível tático, por sua vez, ela auxilia na implementação de estratégias através da automação de processos, gestão de recursos e aprimoramento da eficiência operacional. Um exemplo seria o uso de soluções de ERP (Enterprise Resource Planning) para integrar diferentes departamentos e otimizar a alocação de recursos.

Já no nível operacional, a TI lida com a execução diária das operações empresariais, como monitoramento de redes, manutenção de servidores, e resolução de problemas técnicos. Nesse contexto, ferramentas como Active Directory, DNS e sistemas de backup são essenciais para garantir a continuidade dos negócios.

Cibersegurança e Perícia Forense Digital

Com o aumento das ameaças cibernéticas, a cibersegurança tem se tornado uma das principais preocupações das organizações, independentemente do setor. Segundo o relatório “Cost of a Data Breach 2023” da IBM, o custo médio global de uma violação de dados atingiu US$ 4,45 milhões, por isso, vem se destacando a importância de sistemas de defesa cibernética robustos.

Nesse sentido, a perícia forense digital desempenha um papel muito importante após a ocorrência de uma violação, permitindo a coleta e análise de evidências digitais para identificar como o ataque ocorreu, suas origens e o impacto gerado. Técnicas avançadas de perícia, assim, como análise de logs de rede e recuperação de dados, ajudam as empresas a se defenderem em ações judiciais e a evitarem futuras ocorrências.

Hacking Ético e DevSecOps

O hacking ético é outra estratégia crítica de cibersegurança, onde especialistas são contratados para simular ataques e identificar vulnerabilidades antes que cibercriminosos o façam. De acordo com o relatório de 2022 do International Information System Security Certification Consortium (ISC)², o uso de hackers éticos dentro das empresas reduziu incidentes de segurança em 53%, demonstrando o impacto positivo dessas práticas.

Além disso, o uso de DevSecOps (Development, Security, and Operations) vem crescendo, integrando a segurança ao ciclo de desenvolvimento de software. Isso garante que a segurança seja considerada desde o início, tornando os sistemas menos suscetíveis a falhas ou ataques durante e após a implantação.

TI estratégica envolve cibersegurança, hacking ético e gestão de projetos
Foto Freepik – Divulgação

Gerenciamento de Projetos: PMI, PRINCE2 e AGILE

A gestão de projetos em TI é fundamental para a execução bem-sucedida de iniciativas estratégicas, táticas e operacionais. De fato, o Project Management Institute (PMI), através do PMBOK (Project Management Body of Knowledge), estabelece padrões globais de melhores práticas que ajudam na gestão de projetos com maior eficiência e previsibilidade.

A título de informação, a metodologia PRINCE2 (Projects IN Controlled Environments), desenvolvida pelo governo britânico, foca no controle rigoroso de cada fase do projeto, garantindo que ele seja constantemente ajustado às necessidades do negócio. Por outro lado, o AGILE se destaca por sua abordagem iterativa e incremental, favorecendo projetos que exigem alta adaptabilidade e resposta rápida a mudanças, especialmente no desenvolvimento de software.

Vale destacar aqui que a implementação dessas metodologias de gerenciamento de projetos foi amplamente estudada. Segundo uma pesquisa realizada pela PMI em 2021, empresas que adotam práticas robustas de gerenciamento de projetos assim, conseguem finalizar 76% dos projetos dentro do prazo e do orçamento, em comparação com 49% para empresas que não utilizam essas metodologias.

PMO e Gestão de Portfólio

O PMO (Project Management Office) é responsável por padronizar os processos de gerenciamento de projetos dentro da organização, fornecendo suporte técnico e metodológico às equipes. Além disso, os estudos da Gartner indicam que as empresas com PMOs bem estabelecidos apresentam uma taxa de sucesso 27% maior em projetos de TI.

Além disso, a gestão de portfólio permite que as organizações priorizem seus projetos com base em fatores estratégicos e financeiros, otimizando o uso de recursos. Práticas de gestão de portfólio, quando combinadas com a metodologia AGILE, resultam em um tempo de resposta mais rápido às demandas do mercado, como apontado pela McKinsey & Company, que relatou que empresas que utilizam AGILE em seus portfólios de TI apresentam um crescimento de receita até 2,5 vezes maior do que seus concorrentes.

Conclusão

A Tecnologia da Informação tem se tornado uma ferramenta indispensável para empresas que buscam alcançar a excelência operacional e estratégica. A integração de soluções de cibersegurança, perícia forense digital, hacking ético, e DevSecOps, juntamente com o uso de práticas avançadas de gerenciamento de projetos como PMI, PRINCE2 e AGILE, permite que as empresas se posicionem de maneira competitiva em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e ameaçado por riscos digitais. A adoção dessas práticas, sustentada por dados comprovados, é fundamental para a eficiência organizacional e a segurança cibernética em longo prazo.

Sobre o autor:

Alexandre de Lima Lopes possui mais de 30 anos de experiência em Tecnologia da Informação, atuando nas esferas estratégica, tática e operacional em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores, como Automotivo, Bancário, Alimentício, Construção, Seguros, Serviços de TI, e-Commerce, Aviação Civil e Datacenter. Ou seja, ele se destaca por sua expertise em gestão de TI, baseada em frameworks renomados como Information Technology Infrastructure Library (ITIL), Control Objectives for Information and Related Technologies (COBIT) e padrões de qualidade ISO 9001, 20000 e 27001, sempre alinhados aos objetivos estratégicos e organizacionais.

Especialista em Gestão Estratégica de Portfólio de Projetos, PMO, Cibersegurança – incluindo Perícia, Hacking Ético e DevSecOps – e Gerenciamento de Projetos segundo as melhores práticas do PMI, Lopes está atualmente cursando mestrado em Administração de Empresas e possui MBA em Gestão de Pessoas, além de graduação em Tecnologia em Redes de Computadores e especialização em Gestão de TI. Sua vasta experiência também abrange metodologias como PRINCE2 e AGILE, consolidando sua atuação como referência em gerenciamento de projetos e governança de TI.

Fotos: Freepik / Divulgação

Por: Alexandre Lopes

Tudo isso e muito mais! Redação egonoticias

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