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Thiago Haidar festeja sucesso de sua arte na Saphira e Ventura Gallery

Thiago Haidar e Mariana Haidar - Foto Divulgação

O Vernissage Working Man do artista plástico Thiago Haidar na Saphira & Ventura Gallery Brasil surpreendeu o mercado de arte com a qualidade das obras deste jovem artista que encantou os convidados com suas obras.

Thiago comemorou o sucesso com sua marchand Celina Chede, amigos e familiares que prestigiaram a abertura da exposição que permanece aberta ao público até dia 04 de abril de 2018.

Thiago Haidar e Celina Chede – Foto Divulgação

Sobre o tema de suas obras Working Man sob o olhar de Manuela Ferreira Leite:

“Working Man retrata o sujeito que vive na rua, da rua. Dela ele subtrai seu proveito, seu ganha pão, sua labuta. Esses homens observam a rua, passam atentos a cada esquina. Homens da cidade, na cidade.

Esta cidade, em evidência, é um lugar em que a hora não demarca nada, apenas suas funções são notáveis para eles, apenas para eles.

Thiago Haidar e Celina Chede – Foto Divulgação

A urbanização chega como um trator, avassalando tudo que está a sua volta em busca de apenas um capital de giro: o dinheiro.

A cidade busca esse giro incessantemente, por essa insana procura acabamos passando como cegos atônitos ao que nos cerca, nos rodeia. Working Man nos observa todos os dias, eles sabem o que jogamos fora ou mesmo os sinais vermelhos que passamos.

Esses homens do povo vivem do nosso esbanjamento, do nosso desperdício descomunal em busca de um mundo melhor. E desse lixo fazem seu ofício.

Nesse sentido as pinturas adquirem uma postura ativa, na qual o pintor busca romper com um olhar já extremamente focado no comprimento de uma rotina ou mesmo desatento e distraído em razão do ritmo acelerado da cidade.

Ele para no farol e de dentro de seu carro observa, observa essas pessoas que observam, ávidos em desvendar a cidade (Walter Benjamim) através de um olhar que rompe com esse tédio que surge no meio urbano.

Ao observar registra rapidamente essas percepções. As fotografias estão fora de foco, muitas vezes com o painel do carro a mostra, assim como o espelho retrovisor, ao fundo se observa esses Working Men, tornando notáveis suas marginalizadas funções.

E sua finalidade é apenas como um registro. Registro desse curto espaço de presença dentro da cidade.

Assim as pinturas nos apontam outro lugar, um lugar em que nós, como indivíduos, dentro de uma sociedade complexa e contemporânea na qual o tempo não para, o dia e noite coexistem, provocam perdas de nós mesmos, seja como cidadãos ou mesmo sociedade, passando assim a prevalecer aquele sujeito que está isolado, solitário em sua própria função.

O Homem Trabalhador em questão pode se aplicar a inúmeras profissões, mas a que retratamos aqui não é uma profissão reconhecida e sim marginalizada. Marginalizada pelo próprio homem.

Esse homem da rua, homem do povo, que é representado nas pinturas está tão isolado quanto seu reconhecimento social. Isolado em sua própria história.

Desse ponto a cidade não é o eixo central e sim sua condição. As pinturas ressaltam suas atividades, sempre isoladas em um complexo quase que monocromático tal quais algumas escolas abstracionistas.

A cor nos leva ao centro evidenciando aquilo que segregamos socialmente. Esses tons que ora transparecem o dia, ora a noite brincam com nosso sentido de obscuridade e claridade.

A luz que incide sobre esses trabalhadores enaltece suas atividades, como os refletores que se acendem quando o ator vai entrar em cena, trazendo a eles um lugar quase que celestial de suas profissões.

Esse ‘spot light’ carrega nosso olhar ao coração do ofício desses homens.

As pinturas nos elevam ao dom de espiões sociais. Uma espionagem da vida alheia que cresce e salienta nossa percepção do coletivo.

Esses homens caminham a cidade como que se tecessem tramas ao seu percurso, cada ruela é um encontro, dessa forma se fazem onipresentes geograficamente. Sua trama se torna real quando olhamos para lado, para o outro.

E nesse ponto as pinturas evidenciam toda uma classe social com extrema maestria, com uma sutileza de tornar aquilo tido como “feio” em belo, pelo olhar.”

Serviço: Working Man

Artista: Thiago Haidar

Endereço: Alameda Lorena 1748, São Paulo SP

Saphira & Ventura Gallery

Exposição: aberta até dia 04 de abril de 2018 das 10h as 18 hs

Sobre Thiago Maldonado Haidar

Entre os anos de 2011 e 2015 cursou Publicidade e Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Participou de cursos no MAM ministrados por Dudi Maia Rosa e no Ateliê do Centro ministrados por Rubens Espírito Santo.

Hoje em dia, aos 27 anos,trabalha em seu ateliê onde também dá aulas de desenho e pintura para crianças e adultos.

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Hoje é representado pela International Contemporary Art Society e Saphira & Ventura Gallery internacionalmente.

Sua última participação com a galeria foi em Los Angeles na exposição Divino Feminino, no Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles em Março de 2018.

Obras das fotos: Carroceiro – técnica mista s/tela  – 160 x 200 – 2018

Obra de Thiago Haidar – Carroceiro Técnica Mista – Foto Divulgação

 

 Working Man 3 – óleo s/tela – 130x150cm – 2017

Obra de Thiago Haidar Workman 3 – Foto Divulgação

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