O economista Bernard Appy é diretor do Centro de Cidadania Fiscal. Foi Secretário Executivo e Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, bem como Diretor de Políticas Públicas e Tributação da LCA Consultores e Diretor de Estratégia e Planejamento da BM&FBovespa.
A think tank independente Centro de Cidadania Fiscal que dirige há tempos vem defendendo a proposta de uma reforma tributária mais racional que contribua para melhorar o desempenho para as empresas e dar ganhos reais para os trabalhadores.
Uma das medidas da entidade, segundo Appy, seria a criação de dois novos tributos, que na verdade é um só: a Contribuição Geral sobre o Consumo, que substituiria o PIS / Cofins, e o Imposto Geral sobre o Consumo, que substituiria o ICMS e o ISS.
Acha que o processo pode não ser bem visto internacionalmente e diminuir investimentos?
Acredito que isso não deve afetar investimento estrangeiro no Brasil, o que pode afetar é o grau de reação se o Temer assumir. Já está previsto que haverá protesto, mas tudo vai depender do tamanho e do grau de instabilidade que pode ser gerada. É mais a reação das ruas que o processo em si. As instituições, por piorem que sejam, estão funcionando, o Congresso, o Judiciário, não vejo que isso seja visto como um enfraquecimento institucional do país.
Ele defende a tributação inclusive da cesta básica, pois ela beneficia mais a família rica do que a pobre, e diz que é mais eficiente e justo que a transferência de renda seja feita através de programas sociais como o Bolsa Família.
Estas e outras ideias de Bernard Appy serão debatidas no dia 27 de setembro próximo, às 19h, no auditório da Fespsp, rua General Jardim, 522, Vila Buarque, São Paulo/SP.
Website: http://www.fespsp.org.br
Foto da Capa: Bernard Appy – Diretor do Centro de Cidadania Fiscal – Divulgação