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Projeto homenageia as mercearias de Belo Horizonte

Projeto homenageia as mercearias de Belo Horizonte

Jornalista Nenel é um dos curadores do projeto que será lançado em dezembro.

Nestes dias tão rápidos em que quase nada dura, as bucólicas vendas e mercearias funcionam como um delicioso e resistente contraponto à dura realidade atual. Pois, elas ainda são locais em que as pessoas se olham nos olhos e fazem algo que em breve estará apenas nos livros de história: se socializam.

Estamos falando também de personagens com sentimentos, com sonhos e com frustrações, e não de robôs que te cobrarão a conta no final do caixa.

É justamente por isso que o Mercearias de Beagá – Circuito Histórico” nasceu. Portanto, o projeto fez  um recorte em que celebra cinco casas, em quatro regionais de Belo Horizonte. Assim, irá registrar em vídeo e em fotografias as histórias e os cenários destes bravos estabelecimentos, todos com mais de 40 anos de serviços prestados à população da capital mineira.

Dessa forma, o projeto com patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, e realização da Le Petit, será lançado no dia 2 de dezembro. E terá direito a expedição histórica gastronômica pelas vendinhas, vídeo instalação do minidocumentário e produtos em parceria com o Made in Beagá.

Escolha das mercearias tem curadoria especial

A curadoria ficou por conta do jornalista gastronômico Daniel Neto, o Nenel. “As mercearias escolhidas para este registro histórico funcionam também como botecos e são parte inerente de suas comunidades”, afirma. Daí, “O objetivo é fomentar uma espécie de roteiro que tenha não somente as cinco, mas que englobe todas as pequenas vendas que ainda sobrevivem”, completa Nenel.

O lançamento deste trabalho de pesquisa e memória acontece em 2 de dezembro. O dia começa com uma expedição gastronômica pelas mercearias guiada por Nenel e com a presença de três convidados. Entre eles,  o chef e referência da gastronomia brasileira Ivo Faria.  O músico Maurinho Berro d’água, que é ex-vocalista da banda Tianastácia e que hoje está à frente do bar Chopperhead Garage. E a produtora de conteúdos voltados para Belo Horizonte, Virgínia Sasdelli, cuja página, BH Dicas, tem mais de 100 mil seguidores no Instagram.

No final deste circuito, o mini documentário será exibido em uma vídeo instalação na galeria Espaço Corda, no Mercado Novo.

Em seguida, ocorre o lançamento dos produtos relacionados às mercearias em parceria com a loja Made in Beagá, em um resgate lúdico destes estabelecimentos.

Com patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, e realização da Le Petit, “Mercearias de Beagá – Circuito Histórico” será lançado no dia 2 de dezembro com direito a expedição histórica gastronômica pelas vendinhas, vídeo instalação do minidocumentário e produtos em parceria com o Made in Beagá. 
Fonte: Divulgação

As mercearias escolhidas

Na Avenida Amazonas, na altura do bairro Nova Suíça, meio escondida de quem encara o pesado trânsito da Avenida Amazonas, está a Mercearia do Chico.

Ela é um verdadeiro mercadinho em que se encontra de tudo. Assim, tem ratoeira, cerveja gelada, refrigerante em garrafinha de vidro, salsicha em lata, Campari, camisinha e até ração para cachorro. Nesse sentido, tudo em um ambiente meio caótico, mas sob total domínio de Chico.

A bucólica Pompeia nos presenteia com aquela mercearia que já começa bela pelo nome: Pérola do Atlântico. Em funcionamento desde 1956, foi aberta por um casal de portugueses que veio da Ilha da Madeira, cuja beleza inspirou o apelido que dá nome ao negócio.

Assim, na Pérola se encontram hortifrutis e feijão a granel, além de enlatados, cachaças de várias marcas e tira-gostos vindos diretamente de uma pequena estufa.

Já na esquina das ruas Mariana e Pedro Lessa, no bairro Santo André, encontra-se o Bar e Café Cristal, uma espécie de cápsula do tempo que nos leva a um passado longínquo, para ser mais exato, aos anos 1950. Por isso este portentoso estabelecimento está quase intocado desde então. 

Atrás do velho balcão de fórmica vermelho está, há 28 anos, Leonardo Jorge Barbosa. Dessa forma, ele aprendeu o ofício com o pai, Onésimo, que comprou a mercearia de um tio em 1971, após 11 anos trabalhando como empregado no local, que ainda se chamava Bar Expedicionário.

Fonte: Divulgação

Região Noroeste também é contemplada

Assim, indo para a região Noroeste da capital mineira, no bairro Aparecida, está o histórico Armazém do Zé Totó.  O pequeno e bravo comércio que resiste à pasteurização do mundo desde 1943. Por isso, por lá, é possível comprar cerveja gelada, vela de quinze dias, queijinho, mortadela, filme para máquina de retrato, tiras avulsas de chinelo Havaiana, cigarro picado, biscoito recheado e por aí vai.

Do alto de seus 91 anos, o sábio José Alves dos Santos, o Zé Totó, se orgulha de seu legado, hoje por conta de seu neto Vinícius.

Finalizando, a quinta e não menos importante mercearia chama-se Zé Correia e está no bairro Cachoeirinha. Aberta em 1963, tem como forte os frios e queijos de primeira qualidade, que também podem ser servidos no local.

Nesse sentido, os preços dos produtos não fazem feio diante de grandes supermercados. Enfim, para petiscar, Nenel indica o lombinho defumado com queijo prato derretido e orégano.

Serviço: 

Mercearias de Beagá – Circuito Histórico

Expedição histórica – gastronômica pela mercearias: dia 2 de dezembro.

Vídeo instalação (minidocumentário): dias 2, 3 e 4 de dezembro, na Galeria Espaço Corda, no Mercado Novo (Avenida Olegário Maciel, 742 – Centro).

Lançamento dos produtos em parceria com o Made in Beagá na loja do Mercado Novo e pelo site ()

No canal oficial do Baixa Gastronomia no Youtube: a partir do dia 5 de dezembro.

Capa: Bolsa Baixa Gastronomia

Fonte: Noir comunicação

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