Garten apresenta exposição “Crianças do Caminho” do fotógrafo Roy Schulenburg.
Em Joinville, de acordo com, com sua colonização predominantemente alemã, quase não se fala sobre o papel da população afrodescendente na colonização da cidade, tampouco sobre suas tradições, memórias e cultura.
Relatos históricos comprovam a utilização de mão de obra escrava na construção da então Colônia Dona Francisca.
Por exemplo, com a abolição do sistema escravista de trabalho no Brasil, em 1888.
Ou seja, a comunidade Ex – escrava foi lançada às margens da sociedade e se agrupou em comunidades remanescentes de quilombos em locais mais isolados.
Assim, quando se fala em Quilombo, os esconderijos criados por escravos fugitivos na época do Brasil Colônia, imagina-se algo que acabou junto com a escravidão, porém muitas destas comunidades passaram gerações resistindo ao peso do tempo, e ainda existem atualmente.
Fundação Cultural Palmares (FCP).
Por isso, em Joinville temos a comunidade Beco do Caminho Curto, no Distrito de Pirabeiraba, que são remanescentes quilombolas e ainda vivem à margem da sociedade.
Assim, até hoje a localidade se depara com a falta de saneamento básico, energia elétrica e a escassez de horários do transporte público que dificultam uma rotina de trabalho e estudo.
Apesar disso, bem como, os moradores mantém uma ligação sentimental com passado e se sentem acolhidos e protegidos pela comunidade e suas tradições.
Contudo, os descendentes desta população receberam uma boa notícia, uma portaria da Fundação Cultural Palmares (FCP) publicada dia 10.05.19 no Diário Oficial da União, certifica a comunidade como quilombola.
Esta certificação amplia, ampara e valoriza o patrimônio cultural brasileiro e afro-brasileiro despercebido e desperdiçado.
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Oportunidades e melhorias para essa comunidade.
Com a intenção de entender, levar oportunidades e melhorias para essa comunidade a Univille, em parceria com os professores Tales Vicenzi (História), Sirlei de Souza (Direito) e Jonathan Prateat (Publicidade e Propaganda), criou o Projeto Caminho Curto, que acontece desde 2018.
Assim, promovendo atividades e oficinas envolvendo assuntos como direitos humanos, debates pertinentes às populações afrodescendentes.
Bem como, e assim, os direitos ligados à terra, saúde e educação e foi fundamental no processo de certificação da comunidade como quilombola.
Foi no envolvimento com este projeto que o fotógrafo Roy Schulenburg se deparou com As Crianças do Caminho, título de sua primeira exposição.
Mesmo sabendo que uma pessoa branca nunca vai compreender legitimamente o racismo, Roy entende que precisamos encontrar caminhos para discutir a estrutura racial enraizada em nossa sociedade, para isso é preciso ouvir, entender o que é lugar de fala e fortalecer o processo de empatia. Só assim podemos vislumbrar e contribuir para um futuro de igualdade e antirracista.
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E é exatamente sobre o futuro que Roy quer falar com sua exposição “Crianças do Caminho”.
O olhar puro das crianças que vivem nesta comunidade, traz esperança de um mundo melhor, é por essas crianças que a sociedade precisa rever padrões e não diminuir a dimensão dos problemas raciais e a falta de consciência humana que ainda vivemos até hoje.
É preciso olhar para si mesmo e entender seu lugar na sociedade e buscar conhecimento sobre educação racial e os reais impactos a sua volta.
Sobre o artista
Roy Schulenburg tem 35 anos, nasceu em Florianópolis, mas vive em Joinville faz bastante tempo.
Então, formado em design, especialista em design gráfico e estratégia corporativa, e mestre em design. Sempre gostou de experimentar: já trabalhou com graffiti, colagem e agora se dedica a fotografia e videografia.
Roy gosta de fazer trilhas, viajar e vê a fotografia como um meio para se expor a coisas novas, aproveitar experiências novas, através das lentes das câmeras.
Atualmente, trabalha como professor no ensino superior, lecionando nos cursos de Design, Fotografia, Engenharia de Software, Sistemas de Informação e nas especializações em Business Design e UX Design.
Com curadoria de Marc Engler, a exposição CRIANÇAS DO CAMINHO fica em cartaz na Galeria de Arte Garten de 22 de maio a 02 de julho.
Agende-se
O QUE: Garten Apresenta Exposição de arte “Crianças do Caminho”, do artista visual Roy Schulenburg
ONDE: Garten Shopping (em frente a Alô Bebê)
QUANDO: Abertura 22 de maio às 19:30h, visitação de 22 de maio a 02 de julho de 2019 de segunda a domingo das 10h às 22h.
Fotos: Roy Schulenburg / Arquivo Pessoal
Fonte: Assessoria de Imprensa
CONTATOS:
Telefone: 47 9109 – 9958
E-mail: roy@royzera.com.br
Roy Schulenburg
Telefone: 47 99917 – 0067
E-mail: marc.engler.arte@gmail.com (Marc Engler)
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