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Detroit prepara adeus a Aretha Franklin


Cantora morreu na quinta-feira aos 76 anos após lutar contra um câncer no pâncreas. Pequeno memorial reúne homenagens a Aretha Franklin na porta da Igreja Batista New Bethel, em Detroit, Michigan (EUA). Aretha cantou no coral da igreja na década de 1950
Rebecca Cook/Reuters
Detroit se prepara nesta sexta-feira (17) para dar adeus à sua filha pródiga e “rainha do soul” Aretha Franklin, enquanto continuam as homenagens. O funeral deve ser no dia 31 de agosto, no Templo Greater Grace, na cidade americana.
A diva, que morreu na quinta-feira aos 76 anos após lutar contra um câncer no pâncreas, influenciou várias gerações com sucessos como “Respect” (1967), um hino para o movimento de direitos civis e das mulheres, “Natural Woman” (1968) e “I Say a Little Prayer” (1968).
Nesta sexta, fãs continuavam se despedindo da cantora, deixando mensagens, flores e pelúcias em frente à igreja batista de New Bethel, onde seu pai era pregador e ela começou a cantar gospel quando criança.
Dezenas de pessoas faziam fila para entrar no Museu Motown, antiga sede da Motown Record, onde grandes artistas negros gravavam suas canções. O museu difundirá a semana toda sua música pelos alto-falantes e abriu um livro de condolências.
Igreja em Detroit faz vigília para Aretha Franklin
JEFF KOWALSKY / AFP
“Tem sido incrível. É claro que estamos muito penalizados e com o coração destruído por seu falecimento, mas as pessoas estão lotando o museu”, declarou a gerente-geral, Sheila Spencer.
“Ela se apresentou na festa de gala do nosso 20º aniversário e foi um show fenomenal, fenomenal. Estamos muito honrados”, acrescentou.
Alguns meios de comunicação de Detroit informaram que estão organizando uma celebração de sua vida que durará quatro dias. Durante dois deles, seus fãs poderão se aproximar de seu caixão para se despedir da diva.
Indicada ao Grammy 44 vezes e ganhadora de 18 prêmios, a artista assentou sua carreira com uma voz poderosa e diáfana que se estendia quatro oitavas, e alcançou sucessos que iam do soul e blues ao gospel, ao pop e ao jazz. Dominava todos esses gêneros.
O poder ‘unificador’ da música
“É difícil conceber um mundo sem ela. Não era apenas uma cantora única, brilhante, mas o seu compromisso com os direitos civis teve um impacto indelével no mundo”, tuitou a cantora Barbra Streisand.
Fred Zilian, professor universitário de Rhode Island que está na cidade para uma reunião com seus ex-companheiros da academia de treinamento militar Westpoint, dançava com a sua esposa ao ritmo de uma canção de Aretha no Museu Motown.
Fãs deixam flores, recados e objetos sobre a estrela de Aretha Franklin na Calçada da Fama, em Beverly Hills, na Califórnia (EUA)
Mike Blake/Reuters
“Quero estar triste porque perdemos Aretha Franklin, mas tive que ir à rua e dançar”, disse Zilian, lembrando o quanto ama sua música e a dos artistas negros que gravaram em Motown nos anos 1960.
“O país estava dilacerado pela tensão nas relações raciais e para nós, você pode ver que somos todos brancos, não nos importava”, disse. “É realmente uma amostra sobre o efeito unificador que a música pode ter”.
Em 1987, Franklin se tornou a primeira mulher a entrar no Hall da Fama do Rock and Roll. Em 2010, a revista Rolling Stone a colocou entre os primeiros de sua lista de melhores cantores do mundo.
Cantou para vários presidentes, incluindo na posse de Barack Obama em 2009, o primeiro chefe de Estado negro da história dos Estados Unidos.
Fonte: http://g1.globo.com/dynamo/pop-arte/rss2.xml

Marcos Morrone

Nascido em São Paulo Capital. CEO do Grupo Morrone Comunicações Ltda.

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