Turismo

Após 'onda de lixo' na capital, República Dominicana retira resíduos de praias


Passagem da tempestade tropical Beryl levou toneladas de plástico à costa de Santo Domingo. Imagem do dia 23 de julho mostra limpeza de praia em Santo Domingo sendo feita. Situação era ainda pior dias antes.
AP Photo/Ezequiel Abiu Lopez
Após toneladas lixos invadirem as praias de Santo Domingo, na República Dominicana, o Ministério do Turismo emitiu nota esclarecendo que os resíduos já foram retirados e a costa da capital está limpa novamente.
O comunicado diz ainda que destinos turísticos como Punta Cana, Puerto Plata, Samaná, Juan Dolio e La Romana “operam normalmente” e não foram afetados pelo lixo.
“O trabalho instaurado pelas autoridades para superar com rapidez e eficiência o impacto dos resíduos acumulados na Costa Sul merece todo o reconhecimento dos hoteleiros da capital”, disse Roberto Henríquez, presidente da Associação dos Hoteleiros de Santo Domingo.
O comunicado também menciona ainda um agradecimento a voluntários e ONGs que ajudaram na limpeza: “Sob a liderança do Ministério de Obras Públicas e Comunicações, a Prefeitura de Santo Domingo, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais, as Forças Armadas Dominicanas, as autoridades portuárias, a Associação das Indústrias da República Dominicana, diversas ONGs nacionais e internacionais e centenas de voluntários forneceram uma solução rápida e eficaz para o acúmulo de resíduos no menor tempo possível”.
O acúmulo de lixo acontece depois que a tempestade subtropical Beryl passou pela região levando o lixo para a costa das praias locais, como a de Montesino.
A ONG Parley, que trabalha com preservação dos oceanos, filmou as “ondas de lixo” no local e classificou a situação como emergencial. Em comunicado, declarou ter retirado um total de 1000 toneladas de lixo desde o dia 13 de julho. Segundo a ONG, garrafas plásticas e caixas de isopor foram encontradas em meio ao lixo.
Trabalhadores do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) coletam lixo das praias de Güibia, Montesino e ao lado do Obelisco feminino na região do Malecon, em Santo Domingo, em 16 de julho de 2018. O MOPC iniciou as obras de limpeza para remover toneladas de resíduos sólidos da costa do Malecon de Santo Domingo, após a tempestade subtropical Beryl passou.
Erika SANTELICES / afp
Lixo veio de rio
Até o último dia 12 de julho, todo esse lixo estava pressionando contra a ponte flutuante sobre o rio Ozama, que percorre 148 quilômetros da ilha antes de se esvaziar no Atlântico.
A enorme massa de lixo se acumulou nesse ponto por causa das fortes chuvas da tempestade Beryl, que afetou o território dominicano.
As autoridades que controlam a ponte decidiram abri-la e o lixo acabou nas praias de Fuerte San Gil, Montesinos e Guibia, na costa sul de Santo Domingo.
Segundo a BBC, Domingo Contreras, diretor geral de Programas Especiais da Presidência da República (Digepep) declarou que as autoridades abriram a ponte para evitar que ela fosse danificada.
“Não é apenas sobre plásticos, é sobre troncos e material que o rio arrasta no meio de uma tempestade, a ponte tem uma capacidade de carga, se essa capacidade for ultrapassada, perdemos a ponte”, disse Contreras.
Em entrevista a BBC, a representante da Parley, declarou que o problema está na falta de acesso das comunidades à condições melhores de despejo de lixo e higiene.
“Todos os bairros que vivem rio acima são pessoas muito pobres, muito vulneráveis, que jogam seu lixo atrás de casa, isto é, o rio “, explicou Carmen Chamorro à BBC Mundo.
Soldado limpa as margens da praia de Montesinos, que é vista coberta de plástico e outros destroços, em Santo Domingo, República Dominicana
Ricardo Rojas/Reuters
Fonte: http://g1.globo.com/dynamo/turismo-e-viagem/rss2.xml

Marcos Morrone

Nascido em São Paulo Capital. CEO do Grupo Morrone Comunicações Ltda.

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